Sou
cem por cento nacionalista, até a última gota do meu sangue. Quero que o Brasil
seja integralmente nosso, e não da China, ou da Rússia, ou da Alemanha, ou dos
Estados Unidos, de qualquer nação desse mundo atrapalhado. E me preocupo
deveras com a Amazônia. Fiquei estarrecido quando a Funai, na década de 1990,
ousou propor a demarcação de uma imensa área de terras contínuas em Roraima, a
fim de beneficiar poucas centenas de índios.
Hoje,
a possível entrega de tais glebas aos silvícolas, na reserva Raposa Serra do
Sol daquela região, é sem dúvida uma ameaça à integridade territorial do nosso
país. Um perigo bem assustador, porque a ONU acaba de aprovar, inclusive com o
voto cego da pátria de Lula, a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas,
composta de quarenta e seis artigos. Reza o artigo quarto do documento:
“Os
povos indígenas, no exercício do seu direito de livre determinação, têm direito
à autonomia ou ao auto-governo...”
Coisa
absurda, pois se os índios ianomâmis declararem que a sua reserva se tornou
independente do Brasil, ela formará outra nação e nós seremos obrigados a
reconhecê-la!
Leia,
amigo leitor, o artigo nono do documento aprovado pela ONU, com o total apoio
do Brasil:
“Os
povos indígenas têm direito a pertencer a uma comunidade ou nação indígena.”
Nestas
palavras não há a menor obscuridade. Se dezenas de índios, lá na Amazônia,
proclamarem que as suas terras se separaram do Brasil e se transformaram num novo
país, a ONU os apoiará e jamais poderemos impedir que este crime de lesa-pátria
não aconteça.
Revoltado
diante de tão monumental estupidez, eu afirmo:
A
delegação do Brasil na Assembleia das Nações Unidas, ao endossar estes artigos,
mostrou uma completa fraqueza mental.
Devido
a essa declaração sobre os direitos dos povos indígenas, insensatamente
aprovada em Nova York pelos nossos representantes, começaram a surgir novas
tentativas de internacionalizar a região amazônica, sob o pretexto de defender
os índios e de preservar a floresta. Dois jornais, o The Independent, de Londres, e o The New York Times, voltaram a dizer que o patrimônio da Amazônia é
maior para a humanidade de que o das nações que possuem o seu território.
Há
muito tempo os países ricos já se manifestaram a favor da internacionalização
dessa extensa parte da América do Sul, como os Estados Unidos, pela voz de Al
Gore; como a Inglaterra, pela voz de Margaret Tatcher; como a França, pela voz
de Françoís Mitterrand; como a Espanha, pela voz de Felipe Gonzales; como a
falecida União Soviética, pela voz de Mikhail Gorbachev.
Milhares
de ONGS suspeitas estimulam, de certa forma, as reservas dos índios a se
libertarem do controle do governo federal. E a demarcação de terras contínuas,
junto às fronteiras com o Peru, a Colômbia e a Venezuela, só contribuirá para
acelerar as futuras proclamações de independência dessas reservas. Fácil
profetizar isto, embora eu não me considere um Nostradamus.
Vou
citar aqui os nomes dos generais do nosso exército que sempre nos advertiram
sobre esta ameaça feita à integridade do Brasil: Santa Rosa, Zenildo Lucena,
Augusto Heleno, Cláudio Figueiredo, José Maria de Andrada Serpa.
Cometeu
um ato impatriótico o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao assinar o
decreto que homologou a reserva Raposa Serra do Sol, de terras contínuas. E
agiu de modo correto o governo de Roraima, por ter solicitado, do Supremo
Tribunal Federal, a revisão do nefasto decreto.
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