domingo, 18 de dezembro de 2011

PRESIDENTA DILMA: MANDE PARA OS CONFINS DO JUDAS OS LÍDERES DESSES PARTIDOS!

Fui amigo intimo do presidente Jânio Quadros. Frequentei durante anos a casa desse homem carismático, situada na rua Nove de Julho, número 880, em frente à Chácara Flora, no bairro paulistano Alto da Boa Vista. Ele me estimulava a escrever a sua biografia e chegou a enviar-me uma carta com estas palavras,no dia 15 de agosto de 1972:
“Se vai ser o meu biógrafo, asseguro-lhe que meus ossos dormirão em paz.”
Certa ocasião, após almoçar com ele e dona Eloá, sua esposa, eu lhe disse:
-Presidente, o senhor me pediu para eu ser o seu biógrafo, porém preciso obter uma informação que é essencial nesse caso, embora não ignore a sua aversão pelo assunto.
Jânio Quadros fitou-me de maneira firme e respondeu:
-Já sei, Fernandinho (ele me chamava pelo diminutivo, carinhosamente), você quer saber a causa da minha renúncia.
-Sim, presidente.
-Veja, meu caro, estamos num país onde ninguém renuncia a nada. Apenas D. Pedro I, no ano de 1831, renunciou em favor do seu filho, D. Pedro de Alcântara, então com cinco anos de idade. E note, D. Pedro I não era brasileiro... Aqui todos se aferram aos seus cargos, às suas posições, de modo até feroz. O vereador, o deputado, o prefeito, o governador, o secretário de Estado, o ministro, o presidente da República, agarram-se aos seus cargos como os cães famélicos se atiram a um pedacinho de osso coberto de pouca carne. Perder o cargo, para essa gente, é como morrer, tornar-se vítima de uma tragédia sangrenta. E no entanto eu apresentei a minha renúncia ao Congresso, no dia 25 de agosto de 1961, depois de menos de sete meses de governo. Renunciei ao cargo supremo, num país, repito, onde ninguém renuncia a nada, a nada!
Nesse momento o rosto de Jânio ficou bem vermelho. Falava exaltado. Temendo pela sua saúde, pronunciei estas palavras:
-Presidente, se este assunto o desagrada, eu...
Ele me interrompeu:
-Não, não, você merece ouvir o que estou dizendo. Isto me faz bem, me alivia.
Mais sereno, Jânio prosseguiu, após tomar um gole de uísque:
-Eu havia prometido, a milhões dos meus eleitores, travar um combate ininterrupto ao clientelismo, ao empreguismo, à ineficiência administrativa, à corrupção endêmica e à burocracia obsoleta. Ansiei por alcançar, neste sentido, a minha total independência em relação a grupos e a partidos. E não foi sem dificuldades que consegui efetuar o corte dos subsídios às importações de trigo e petróleo, a fim de atrair os empréstimos do Exterior à nossa combalida economia. Também transpus barreiras, quando optei pela neutralidade do Brasil em plena Guerra Fria. Assacaram contra mim a pecha de comunista, por reatar as relações diplomáticas com a União Soviética e por não aderir ao boicote a Cuba de Fidel Castro, promovido pelos Estados Unidos do governo Kennedy. Resumindo, eu, como presidente da República, achava-me com as mãos atadas, incapaz de cumprir as solenes promessas que fizera ao povo. Não dispunha de maioria no Congresso, o PSB e o PTB dominavam a Câmara e o Senado, opunham-se à minha política clara, sadia, regeneradora.
Jânio colocou a sua mão direita no meu ombro e outra vez de fisionomia rubra, agitado, com o cabelo caindo na testa, emitiu esta frase:
-Ninguém pode governar o Brasil se não tiver o apoio maciço do Congresso, ninguém!
O rosto dele parecia estar congestionado e os seus olhos despendiam fagulhas. No intento de acalmá-lo, desviei a conversa para outro assunto.
De fato nenhum homem ou mulher pode governar o nosso país se não tiver o apoio da Câmara Federal e do Senado. Eis aí o drama da presidenta Dilma Rousseff. Devido aos compromissos políticos que ela assumiu, para receber o indispensável apoio do Congresso e com este apoio dirigir a nação, Dilma nomeou sete ministros no primeiro ano do seu mandato e todos acabaram sendo demitidos, ou por corrupção, ou por atos reprováveis.
Antonio Palocci, ministro da Casa Civil, foi demitido no dia 7 de junho de 2011, pelo motivo de não explicar como multiplicou o seu patrimônio, entre os anos de 2006 e 2010.
Alfredo Nascimento, ministro do Transportes, foi demitido no dia 6 de julho do mesmo ano, por causa de um esquema de superfaturamento em obras públicas.
Nelson Jobim, ministro da Defesa, foi demitido no dia 7 do mês seguinte, depois de chamar os integrantes do governo de idiotas.
Wagner Rossi, ministro da Agricultura, foi demitido no dia 17 do mesmo mês de agosto, por atos de corrupção.
Pedro Novais, ministro do Turismo, foi demitido no dia 14 do mês seguinte, sob a acusação de usar o dinheiro dos cofres públicos em beneficio próprio.
Orlando Silva, ministro do Esporte, foi demitido no dia 26 de outubro de 2011, por se encontrar envolvido diretamente num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo.
Carlos Lupi, ministro do Trabalho, foi demitido no dia 4 de dezembro de 2011, acusado, entre outras coisas, de desvio das verbas de ONGs e de acumulo de cargos na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Este ex-ministro declarou: só sairia do cargo se fosse “abatido à bala”.
Como uma professora que expulsa, da sala de aula, sete maus alunos, a presidenta Dilma Rousseff enxotou do seu governo sete ministros...
Ela, a ex-guerrilheira, é dinâmica, inteligente, capacitada, mas para governar o Brasil de modo eficaz, precisa libertar-se, no decorrer do seu mandato, dos compromissos partidários. Dilma só deveria nomear pessoas de comprovada honestidade, não indicadas por qualquer partido, nem pelo PT, nem pelo PDT, nem pelo PMDB, nem pelo PSDB, enfim, negar-se a atender os pedidos dos líderes das várias agremiações políticas. Se estas lhe retirarem o apoio, movidas pela vingança, e Dilma ficar com minoria no Congresso, apesar de submeter a ele a aprovação de medidas acertadas, o povo a apoiará entusiasticamente, obrigando o Poder Legislativo da República a prestigiar o seu governo.
Presidenta Dilma: mande para os confins do Judas os líderes desses partidos!
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Escritor e jornalista, Fernando Jorge é autor do livro Se não fosse o Brasil, jamais Barack Obama teria nascido, cuja 3ª edição foi lançada pela Editora Novo Século

domingo, 11 de dezembro de 2011

QUATRO IMUNDOS INSULTADORES DE JESUS

Jesus Cristo continua a ser ultrajado. Já mostrei aqui, num dos meus bate-papos, os disparates da “teóloga” Marcella Althaus – Reid, professora de Ética Cristã e Teologia Prática na Universidade de Edimburgo. Obcecada por sexo, essa mulher de cara obscena, assustadora, cara que é um verdadeiro breviário contra a luxúria, defecou a seguinte blasfêmia, numa entrevista concedida à repórter Eliane Brum, da revista “Época”:
“Que sabemos da sexualidade de Jesus? Nada. O que dizem os Evangelhos? Dizem que foi circuncidado... Então por que não assumir que Jesus teria outra sexualidade? E qual teria sido? Busco elaborar um Bi-Cristo.”
Como é nojenta essa criatura! Marcella causa-me ânsia de vômito. O diabo já deve ter reservado uma sala especial para ela, lá no Inferno, onde ele a espera com um comprido ferro em brasa na mão, a fim de espetá-lo naquela sua murcha parte traseira, chamada vulgarmente de bumbum...
Bem antes da imunda Marcella, dois imundos escritores insultaram Cristo. Refiro-me a Richard Leigh e Michael Raigent. Ambos, no livro “Holy Blood, Holy Grail”, publicado em 1982, descrevem Jesus como um revolucionário inescrupuloso, que forjou a “lenda” da sua crucificação e fugiu com Maria Madalena para o sul da França.
Eu acredito, juro: Richard e Michael também estão sendo aguardados lá no Inferno, pelo impaciente rabudo. Este vai enfiar longuíssimos ferros em brasa no bumbum dos dois. Ferros que sairão nas suas cabeças, enquanto uma negra e sufocante fumaça se evolará dos seus corpos assados como churrasco...
A última canalhice infligida a Jesus Cristo se acha no livro “O Código Da Vinci”, do espertalhão norte-americano Dan Brown. Lançada em março de 2003, mais de 15 milhões de exemplares dessa obra já foram vendidos. Sem apresentar nenhum documento idôneo, o vigarista Dan Brown quer provar que a Igreja Católica foi fundada sobre uma mentira, em relação à vida de Jesus, porque o filho de Deus se casou com Maria Madalena, fugiu da Palestina e teve filhos!
O sucesso do livro “O Código Da Vinci” me convenceu de uma coisa: a humanidade não presta. Qualquer escritor que consiga inventar uma história falsa e engenhosa sobre Cristo, poderá lançar um livro capaz de lhe render milhões de dólares. E aos que negam a existência histórica de Jesus, eu afirmo: a “Bíblia” é por si mesma um autêntico documento histórico da existência do Salvador. Os Evangelhos são coincidentes. Respondam-me, ateus: o Cristianismo surgiu do nada? Existe o efeito sem causa?
Antes que me esqueça: o Pé-de-Gancho, lá do Inferno, também já preparou outro ferro em brasa, para o enfiar na fofa ou dura região glútea do blasfemo Dan Brown, autor do conto-do-vigário “O Código Da Vinci”.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O INGLÊS QUE ODIAVA O SEU NARIZ

Sei que várias pessoas não acham quase nenhuma utilidade no nariz. Monteiro Lobato, por exemplo, disse uma ocasião:
-Ora, ele só presta para servir de cavalo aos óculos!
Mas isto não é verdade, porque o nariz do homem tem a grande capacidade de destruir os micróbios quê por ele passam. É um fato científico.
O norte-americano Henry Lewis obteve estrondosas vitórias jogando bilhar com a ponta do nariz...
Gogol tem um personagem, chamado Kovaliev, que perde o nariz e após muitas peripécias o encontra. Diversos discípulos de Freud vêem na novela “O nariz” mais do que uma sátira. Descobrem nessa obra o reflexo caricaturesco da frustração sexual do autor de "Taras Bulba”.
Gregório de Matos cantou um

“Nariz de embono,
Com tal sacada,
Que entra na escada,
Duas horas primeiro que seu dono.”

Bernardo Guimarães divulgou no Rio de Janeiro, em 1858, o seu poema “O nariz perante os poetas", no qual faz esta pergunta:

“Se bem me lembro, a Bíblia em qualquer parte
Certo nariz ao Líbano compara;
Se tal era o nariz,
De que tamanho seria a cara?!...”

Alf Smith foi um inglês que sentiu pelo seu nariz uma repulsa sem limites. A sua tragédia iniciou-se em 1950, quando ele tomou parte numa briga, saindo dela com o nariz quebrado e rasgado por uma navalha. Smith adquiriu um aspecto tão grotesco que chegava a ter vergonha de sair de casa. Ficou obcecado pelo seu nariz em pandarecos. Certo dia resolveu procurar um especialista em cirurgia plástica. Submeteu-se a uma operação e ganhou novo nariz. Mas Smith não se sentiu satisfeito. O segundo nariz lhe desagradava enormemente. Voltou ao cirurgião e pediu-lhe outro, que estivesse mais de acordo com os traços do seu rosto. Foi feita uma segunda intervenção cirúrgica, que também surtiu o mesmo efeito negativo. Enraivecido, negou-se a pagar a operação...
Smith viveu torturado, num desolador estado de abatimento moral. Decidiu então consultar o melhor especialista britânico na matéria. Este, por setenta mil dólares, confeccionou-lhe um nariz invejável, digno de um deus grego. Smith, no entanto, ainda ficou aborrecido. Puxou uma pistola e apontando-a para o cirurgião, berrou:
-Quero outro nariz ou o mato!
A polícia prendeu-o e foi condenado a dez anos de prisão, dos quais cumpriu apenas um.
Conheço narizes de todos os tipos e condições sociais: petulantes, humildes, orgulhosos, plebeus, aristocratas.
O nariz possui tal força sugestiva que associamos seu aspecto aos sentimentos do dono. Um nariz pálido, não sei porquê, parece exprimir azedume, inveja. O arrebitado fornece impressão de jovialidade. O esguio, sugere um intelecto brilhante, inclinado à ironia.
Diversas caras estão com o nariz errado. Um narigudo tímido, medroso, em vez de ter um órgão nasal alongado, agressivo, devia ganhar um outro que fosse bem menor. Não se harmoniza ainda menos o nariz purpúreo, sanguíneo, nas feições impassíveis de uma pessoa fria, apática, carecida de entusiasmos.
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Escritor e jornalista, Fernando Jorge é autor do livro Se não fosse o Brasil, jamais Barack Obama teria nascido, cuja 3ª edição foi lançada pela Editora Novo Século