segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A fúria absurda de um ator

Já narrei, no meu livro “Cale a boca, jornalista!”, um episódio tragicômico da vida do grande ator de teatro Procópio Ferreira, mas é interessante, aqui em nosso despretencioso bate-papo, evocar esta história outra vez, pois ela prova como o ódio e a fúria dos mandões contra a imprensa do país de Lula podem impregnar a alma de um artista, modificando-lhe a personalidade.
Em 1º de julho de 1933, apareceu no Correio da Manhã uma crônica de Gondin da Fonseca, que ele assinou com e pseudônimo de M. Cláudio. Conforme escreveu o autor desta crônica, o nome João é indispensável na feitura dos pseudônimos:
“Vão-se de cada vez tornando-se mais raros os pseudônimos sem João: Mendes Fradique, Tristão de Ataíde, Oscar d’Alva, Procópio Ferreira.
O caso deste último é interessante. Nascido no Funchal (ilha da Madeira), Procópio, que se chama, efetivamente, segundo já li em livro, João do Quintal Ferreira Júnior, veio pequeno para o Brasil e aqui estudou, cresceu e se fez homem. Entrando para o teatro, adotou um pseudônimo que a multidão já vai decorando e celebrizando. Amigos dos nossos homens de boemia e de letras, auxiliou ou custeou integralmente do seu bolso a publicação dos versos de Moacyr de Almeida – o saudoso poeta falecido com 23 anos – e das Fábulas, de Catulo Cearense. Além disso, quantas peças nacionais tem interpretado no decurso deste último decênio? Quantas?
E Gondin acrescentou de modo lírico, pondo o artista nos carrapitos da lua:
“Todavia, mais do que qualquer comendador, presidente de sociedades regionais portuguesas, Procópio não esquece a Mãe-Pátria, o velho Portugal, e assim é que, nas suas companhias, admite de preferência atores lusitanos. Atores, atrizes, comparsas, empregados subalternos, etc. Poder-se-á, no entanto, com justiça, negar aplauso a tal atitude? Não, por certo. O que ás vezes acontece é que, na confusão de prosódias verificada no palco da companhia de Procópio, nasce para o espectador um vago mal-estar: dir-se-ia que as peças são bilíngues”...
Célere, impetuoso, após ler estas linhas no Correio da Manhã, o ator pegou um revólver e voou até a redação do periódico, a fim de matar M. Cláudio. De fato, como salienta Gondin da Fonseca, a pecha de português doeu mais em Procópio do que qualquer outra que lhe pudesse ser lançada, pois ele se sentiu “injuriado, aviltado, sujo em sua honra”. Só encontrou um caminho: a desafronta à bala. A muito custo, informa Gondin, “um redator do jornal o dissuadiu de levar por diante os seus propósitos sanguinários”. Mas Procópio impôs ao Correio da Manhã a publicação do seguinte termo do registro de nascimentos da 3ª Pretoria Cível da freguesia de Santo Antônio.
Depois da publicação do termo, a Colônia lusa mostrou-se ofendida. O embaixador de Portugal explicou:
-E por duas razões. Primeiro, porque ele não provou chamar-se Procópio; segundo, porque se envergonhou de ser português. Arre! Ser português é desdouro?

Temos a impressão de que Procópio Ferreira, influenciado pelo assalto dos tenentes ao Diário Carioca, ocorrido no ano anterior, também resolveu socorrer-se da violência, da força bruta, para “desenxovalhar a sua honra”. Portanto convém repetir: o ódio, a fúria dos mandões contra a imprensa, podem impregnar o espírito de um artista, modificando-lhe a personalidade...

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Eu pergunto: no fundo sou um assassino?

Entrevistado pelo Antônio Abujamra no programa “Provocações”, do Canal 2, TV Cultura, ele perguntou a mim:
-Fernando Jorge, qual é o seu maior sonho?
Respondi, sem vacilar:
-O meu maior sonho é ver os nossos políticos corruptos serem fuzilados numa praça pública.
Almoçando comigo, Sinval de Itacarambi Leão, diretor da revista IMPRENSA, criticou a minha resposta:
-Você é muito violento, um jornalista não deve pensar assim.
Mas confesso, já pensei assim em dezenas de ocasiões. Eu indago: no fundo sou um assassino, um criminoso nato, como os descrevia o italiano Cesare Lombroso (1835-1909), autor do famoso livro L’uomo delinquente, publicado em 1876?
Vou evocar quantas vezes senti a forte vontade de matar. Pelo menos sou franco, sincero. Detesto a hipocrisia, pois acho, como o filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), que “não há prazer comparável ao de pisar firme sobre o vantajoso terreno da verdade” (No pleasure is comparable to the standing upon the vantage ground of truth).
No ano de 1992 alimentei o sonho de estrangular o presidente Fernando Collor de Mello e o ex-tesoureiro deste, o empresário Paulo César Farias, devido ao esquema montado para desviar dinheiro público e arrecadar propinas. Quem denunciou o esquema foi o Pedro Collor, irmão caçula do Fernando Collor.
Em 1993, no ano seguinte, apoderou-se de minha alma satânica o monstruoso desejo de enforcar a Raquel Cândido, deputada federal de Rondônia; o João Alves de Almeida, deputado federal da Bahia; o José Carlos Alves dos Santos, diretor da Comissão de Orçamento da Câmara. Por que quis enforcá-los? Devido ao esquema “Anões do Orçamento”. Eles desviavam dinheiro do Orçamento da União, por meio de emendas parlamentares, a fim de beneficiar laranjas e parentes...
Entre os anos de 1993 e 1999 tive ganas de assar, como churrasco, o Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, e o Celso Pitta, seu ex-secretário de Finanças, pois o dinheiro obtido com o lançamento de títulos da Prefeitura da capital paulista, destinado a pagar os precatórios (dívidas judiciais), foi usado em obras superfaturadas. Houve enorme desvio de recursos. Graças à bandalheira, doleiros e empresas fantasmas depositaram milhões de reais no exterior. Dinheiro nosso, suado, de um povo iludido, traído.
No ano de 2000 sofri a ânsia de pretender afogar num lago cheio de piranhas esfomeadas o juiz Nicolau dos Santos Neto e o senador Luiz Estevão de Oliveira. Por quê? Apenas porque desviaram cerca de 930 milhões de reais (valores atuais) durante a construção superfaturada da nova sede do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Dono de uma construtora, Luiz Estevão papou imensa quantia e o Nicolau se enriqueceu muito às custas do dinheiro roubado. Este juiz canalha comprou carros de luxo, imóveis caríssimos, apartamentos na Flórida. Eu gostaria de ver, no lago, centenas de piranhas comendo os dois. Piranhas vorazes, de dentes bem aguçados, devorando gorduchos tubarões! Que cena linda, encantadora, maravilhosa! Desconfio: além de assassino, sou sádico.
Ano de 2003. Senti a avassaladora vontade de liquidar com venenos contra ratos, infalíveis raticidas, os réus da Operação Anaconda, da Policia Federal. Esta descobriu, por meio de escutas telefônicas, as provas de extorsão e venda de sentenças judiciais. Eis as vitimas, conforme o meu sonho ardente, das certeiras e mortíferas doses do raticida: o juiz João Carlos da Rocha Mattos, mentor do esquema; os juízes Casem Mazloun e Ali Mazloum; os delegados José Augusto Bellini e Jorge Luiz Bezerra da Silva, todos condenados em primeira instância.
Ano de 2005. Escândalo do Mensalão, esquema montado com a ajuda de bancos e empresários, para financiar os partidos aliados do governo federal. Num outro sonho ardente, obriguei o envolvido Roberto Jefferson, do PTB-RJ, a matar o envolvido deputado Valdemar Costa Neto, do PR-SP. Depois, ainda no mesmo sonho, forcei o envolvido empresário Marcos Valério Fernandes de Souza a assassinar o Roberto Jefferson. E por fim o Marcos é liquidado pelo José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil da Presidência da República. E quem mataria o Dirceu? O Lula...
Ano de 2006. A Máfia dos Sanguessugas, fraude nas emendas do Orçamento. Culpados: Maria da Penha Lino, funcionária do Ministério da Saúde, e Darci e Luiz Antônio Vedoin, pai e filho, empresários que pagavam propina a deputados. Minha sentença: eu os entregaria à boca de uma comprida e gulosa jararaca verde-oliva.
Ano de 2007. Operação Navalha, esquema descoberto pela Polícia Federal, de favorecimento ilegal da construtora Gautama em licitações de obras do PAC e de programas federais. Dois culpados: Zuleido Veras, dono da Gautama, e Ivo de Almeida Costa, assessor no Ministério de Minas e Energia. Sentença do assassino Fernando Jorge: morte de ambos com navalhadas nas suas gordas e luzidias bundas.
Ano de 2010. Mensalão do DEM, esquema de pagamentos de propinas de empresários a integrantes do governo. O José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, e o Leonardo Prudente, que presidiu a Câmara desse distrito, recebiam pacotes de dinheiro em seus gabinetes, como mostram de forma clara os vídeos. Sentença do degenerado Fernando Jorge: teriam de engolir, num chiqueiro fedido, mil notas de dez reais, cobertas de merda, até morrerem sufocados.
Paro aqui. Deixei de lado a roubalheira da Petrobras, do Lava Jato, pois o meu estômago é sensível e não quero vomitar... 

domingo, 18 de setembro de 2016

OS ATAQUES A JESUS CONTINUAM

Jesus Cristo continua a ser ultrajado. Já mostrei aqui, num dos meus bate-papos, os disparates da “teóloga” Marcella Althaus – Reid, professora de Ética Cristã e Teologia Prática na Universidade de Edimburgo. Obcecada por sexo, essa mulher de cara obscena, assustadora, cara que é um verdadeiro breviário contra a luxúria, defecou a seguinte blasfêmia, numa entrevista concedida à repórter Eliane Brum, da revista Época:
“Que sabemos da sexualidade de Jesus? Nada. O que dizem os Evangelhos? Dizem que foi circuncidado... Então por que não assumir que Jesus teria outra sexualidade? E qual teria sido? Busco elaborar um Bi-Cristo.”
Como é nojenta essa criatura! Marcella causa-me ânsia de vômito. O diabo já deve ter reservado uma sala especial para ela, lá no Inferno, onde ele a espera com um comprido ferro em brasa na mão, a fim de espetá-lo naquela sua murcha parte traseira, chamada vulgarmente de bumbum...
Bem antes da imunda Marcella, dois imundos escritores insultaram Cristo. Refiro-me a Richard Leigh e Michael Raigent. Ambos, no livro Holy Blood, Holy Grail, publicado em 1982, descrevem Jesus como um revolucionário inescrupuloso, que forjou a “lenda” da sua crucificação e fugiu com Maria Madalena para o sul da França.
Eu acredito, juro: Richard e Michael também estão sendo aguardados lá no Inferno, pelo impaciente rabudo. Este vai enfiar longuíssimos ferros em brasa no bumbum dos dois. Ferros que sairão nas suas cabeças, enquanto uma negra e sufocante fumaça se evolará dos seus corpos assados como churrasco...
A última canalhice infligida a Jesus Cristo se acha no livro O Código Da Vinci, do espertalhão norte-americano Dan Brown. Lançada em março de 2003, mais de 15 milhões de exemplares dessa obra já foram vendidos. Sem apresentar nenhum documento idôneo, o vigarista Dan Brown quer provar que a Igreja Católica foi fundada sobre uma mentira, em relação à vida de Jesus, porque o filho de Deus se casou com Maria Madalena, fugiu da Palestina e teve filhos!
O sucesso do livro O Código Da Vinci me convenceu de uma coisa: a humanidade não presta. Qualquer escritor que consiga inventar uma história falsa e engenhosa sobre Cristo, poderá lançar um livro capaz de lhe render milhões de dólares. E aos que negam a existência histórica de Jesus, eu afirmo: a Bíblia é por si mesma um autêntico documento histórico da existência do Salvador. Os Evangelhos são coincidentes. Respondam-me, ateus: o Cristianismo surgiu do nada? Existe o efeito sem causa?
Antes que me esqueça: o Pé-de-Gancho, lá do Inferno, também já preparou outro ferro em brasa, para o enfiar na fofa ou dura região glútea do blasfemo Dan Brown, autor do conto-do-vigário O Código Da Vinci.

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Escritor e jornalista, Fernando Jorge é autor do livro Se não fosse o Brasil, jamais Barack Obama teria nascido, cuja 3ª edição foi lançada pela Editora Novo Século

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

É também amar a Deus

A excelente revista "Istoé Dinheiro”, cuja redação é dirigida por Carlos José Marques, publicou a reportagem "O drama da família Silva", muito bem feita pelo colega Marco Damiani. Essa reportagem mostra a situação de penúria da família de sua excelência, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil.Substantivo feminino, convém acentuar, a palavra penúria, oriunda do latim, designa o estado de pobreza extrema, de miséria.
Fiquei sabendo, graças ao texto claro e preciso de Marco Damiani, que Frei Chico, o chefe do clã Silva, irmão de Lula, é o autor deste desabafo:
“Nossa vida virou um inferno de angústia e depressão."
Outro irmão de Lula, o sem recursos Genival Inácio da Sil­va, o Vavá, sofreu parada cardíaca, após uma crise de hipertensão. Ele exi­be noventa pontos em cada perna, devido a retirada das veias safenas.
Ruth, a irmã caçula de Lula, não consegue realizar o seu único sonho, que e o de construir um muro em redor da sua casa humilde. Precisa de dinheiro para comprar tijolos e cimento. Empregada de uma esco­Ia municipal e sofrendo de tendinite, ela limpa as salas de aula.
Jaime, irmão de Lula, com 68 anos, tem problemas nas ar­ticulações das pernas. Acorda todos os dias às cinco da manhã, a fim de tra­balhar. Deseja construir um cômodo sobre a laje de sua casa, mas falta-lhe o dinheiro.
Maria Baixinha, outra irmã de Lula, ficou viúva, anda deprimida e submeteu-se a delicada operação no intestino. Também sem dinheiro, precisa de uma cirurgia para reduzir o estômago.
  José Ferreira de MeIo, o Frei Chico, irmão de Lula, voltou a andar depois de ter sofrido um enfarte. Ele disse a Marco Damiani:
“...hoje eu não posso chegar perto do meu irmão... Lula se preocupa com todos nós, mas não tem agenda para nos ver."
Impressionou-me a matéria da revista  “Istoé Dinheiro”, que apresenta todos estes fatos. E veio à minha memória a seguinte provérbio:
“Um amigo é sempre um irmão, porém um irmão nem sempre é um amigo.”
Se Frei Chico, como ele confessou, não consegue chegar perto do seu irmão Lula, e se este, consoante as suas palavras, não tem agenda para ver os próprios irmãos, eu pergunto: Lula é um bom irmão?
O aspecto do nosso presidente forma um grande contraste com o triste aspecto dos seus manos. Lula está eufórico, adiposo, bem nu­trido, róseo como uma aurora tropical e talvez recorrendo  “a um antigo há­bito que todo mundo sabe qual é,”segundo a feliz expressão do meu brilhan­te colega Olavo Nunes.
Na “Bíblia", no versículo 21 do capítulo quarto da primeira  Epístola de São João, há este conselho:
"... aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão.”
Amar os nossos irmãos, portanto, complementa o nosso amor ao Criador. E o irmão se conhece nas horas de angústia, nos transes aper­tados, conforme se deduz da leitura, ainda na “Bíblia", do versículo 17 do capítulo dezessete dos Provérbios de Salomão.

Lula, o poder político é efêmero, mas os laços de sangue são eternos. Ajude os seus irmãos, de maneira correta. Receba-os, visite-os. Só assim você se tornará, realmente, o irmão deles.

domingo, 31 de julho de 2016

FHC nomeou um assaltante dos cofres públicos!

Admito, sou um escritor e jornalista perigoso, mas sincero, amigo da verdade, isento de paixão política. Entretanto, o cinismo, a hipocrisia, o ressentimento, a imensa cara de pau do político Moreira Franco, do PMDB, deixou-me estarrecido. Desde que foi exonerado da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, no final de 2014, após se empenhar na campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, esse homem de cabelos brancos, com cara de cotonete, ou segundo Leonel Brizola, de gato angorá, não para de falar mal da Dilma, em conversas reservadas, informou a jornalista Fernanda Krakovics (O Globo, 25-12-2015). Esclareceu a minha colega:
“O ex-ministro é um dos principais defensores do Impeachment.”
Sem desejar defender a presidenta, eu pergunto: possui autoridade moral o senhor Moreira Franco? Respondo: nenhuma. Agora vomita aranhas, cascavéis e escorpiões em cima da Dilma, porque está frustrado, não se conforma, sente falta, muitas saudades, do cargo exercido por ele. O seu coração se entupiu de ódio, de fúria, de inveja, de desassossego, e ao contemplar a sua fisionomia precocemente envelhecida, lembrei-me de um trecho da Bíblia, do versículo 24 do capítulo XXX do Eclesiástico, que afirma: “a inveja e a cólera abreviam os dias, a inquietação traz a velhice antes do tempo.”
Volto a indagar: é dono de autoridade moral, o rancoroso, o despeitado Moreira Franco?
Eleito governador do Rio de Janeiro, no ano de 1987, intermináveis eram as denúncias, durante o seu mandato, de graves irregularidades em processos de licitação, na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Consultar a página 2.339 do volume II do Dicionário Histórico – Biográfico Brasileiro, da Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2001, verbete assinado pelos pesquisadores Sarah Escorel e Luís Otávio de Sousa).
Em 27 de abril de 1998, o Supremo Tribunal Federal condenou Moreira, por haver cometido ato lesivo ao patrimônio público. O ex-governador, no ano de 1991, usou o dinheiro do povo, do contribuinte, a fim de mandar imprimir o livro Moreira Franco, ele governou para todos. Volume com 274 páginas, 180 fotos coloridas e tiragem de 50 mil exemplares.
Foi condenado em todas as instâncias. Impetrou recursos na Justiça estadual, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. Perdeu de forma esmagadora. Aliás, a primeira derrota desse político inescrupuloso ocorreu em 1992, na Quarta Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, quando o juiz Ademir Paulo Pimentel o condenou ao ressarcimento de uma quantia equivalente a 150 mil dólares, por descumprimento do Artigo 37 da Constituição Estadual, que veda a autopromoção do administrador na publicidade de atos e obras públicas. Resumindo: o pérfido Wellington Moreira Franco, nascido no Piauí, viu-se obrigado a devolver, aos cofres públicos, o equivalente a 402 mil reais, pelo fato de ter usado a Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro para a publicação de 50 mil exemplares do livro onde é enaltecido como um governador dinâmico, capaz de realizar obras dignas de louvores incondicionais...
A Justiça, naquela época, no intuito de cobrar a dívida do condenado, decidiu leiloar o seu superluxuoso apartamento, localizado em frente da Lagoa Rodrigo de Freitas.
No ano de 1999, como não se elegeu senador, Moreira Franco recebe este convite: ocupar o cargo de assessor especial do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele aceita. Oh, como isto é bonito! Formosa homenagem a um cidadão modestíssimo, repleto de probidade!
Jornalista bem informado, Moacir Japiassu me disse, em Brasília, que a Dilma ignorava o desfalque do Moreira, porém, ao saber, apressou-se a demiti-lo. O FHC, contudo, sabia, e mesmo assim o manteve como seu assessor especial. Num discurso proferido no Palácio da Alvorada, em maio de 1999, o meu xará bradou:
“Eu me orgulho de dizer que este é um governo de moral, e um governo que tem na moral seu fundamento não pode transigir com interpretações equivocadas, levianas!”
Nomeando o Moreira Franco “assessor especial”, FHC mostrou como não existia coerência, entrosamento, entre o seu falar e o seu fazer. A verborragia do ex-presidente me trouxe à memória a frase atribuída a Talleyrand (1754-1838), ministro de Napoleão: “as palavras foram dadas ao homem para disfarçar o seu pensamento” (La parole a eté donné à l’homme pour déguiser sa pensée).
Fernando Henrique Cardoso poderá alegar, em sua defesa, que o mundo está cheio de incoerências. E se é conhecedor de episódios históricos, talvez cite, como exemplo, a batalha de Almança, travada entre ingleses e franceses, no ano de 1707, na qual os primeiros foram comandados por um francês, o Marquês de Ruvigny, e os segundos, os franceses, por um inglês, o Duque de Berwik...
Incoerência, acrescento, existe até nos animais. Curioso é o caso de um cão pastor, narrado pelo naturalista canadense Ernest Thompson Seton (1860-1946) no livro Wild animals i have known (“Os animais selvagens que conheci”), publicado em 1898. Esse cão, durante o dia, era bom, manso, educado, mas à noite fugia e ia viver uma vida de pirata, de bandido, de assassino de galinhas...

Ultimas perguntas. A incoerência de FHC é justificável? Depois de proclamar a moralidade do seu governo, ele não errou ao nomear, como seu assessor especial, um assaltante dos cofres públicos? Aguardo a resposta, xingando os nossos políticos corruptos, querendo enforcá-los. Preciso me controlar!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Quantos erros de português e de informação!

Uma coisa me identifica muito com o meu colega Marcos Caldeira Mendonça: é a franqueza. Ele é incapaz de ocultar a verdade, pois sabe, como Santo Agostinho, que “os que não querem ser vencidos pela verdade, são vencidos pelo erro” (Qui vinci a veritate nolunt, ab errore vincuntur).
Adorei quando o Marcos, no número de dezembro de 2011 de O Trem Itabirano, exibiu os erros de informação e de português da coleção “Grandes Mestres”, da editora Abril. Ele declarou que precisaria de meses para relatá-los todos. No volume sobre o pintor Claude Monet – salienta Marcos – as palavras realista, sinuoso e impressionista, aparecem assim na página 148: ralista, sinouso e impresionista (sem mais um s). E de modo direto, o meu colega pergunta: estaria bêbado o revisor da coleção, o senhor Paulo Kaiser?
Seguindo o exemplo de Marcos, vou agora apresentar vários erros resplandecentes como as labaredas de uma fogueira, que achei em jornais e outras fontes, ao longo do ano de 2015.
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Erro de Glória Kalil no título de um artigo sobre Gisele Bündchen: “Fica, Gisele!” (O Estado de S.Paulo, 12-4-2015). Correção: “Fique, Gisele!”, pois Glória está dando um conselho. Fica é a terceira pessoa do presente do Indicativo do verbo ficar: eu fico, tu ficas, ele fica. Se fosse o tratamento tu e não o você, então seria fica (imperativo).
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Erro na afirmativa de James Green, historiador e brasilianista americano: a elite do nosso país se mantém no poder desde o Segundo Império (O Globo, 19-6-2015). Correção: nunca houve no Brasil o Segundo Império. O Império foi só um. Houve, sim, o Primeiro Reinado, de D. Pedro I, e o Segundo Reinado, do filho dele. D. Pedro II. Tal erro já havia sido perpetrado por Álvaro Lins (1912-1970), na segunda série do seu Jornal de Crítica.
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Cacófato nesta manchete: “Uma mania que entrou no cardápio dos cariocas” (O Globo, 26-7-2015). Eis aí, de forma bem clara, o encontro de duas palavras que produziu outra de sentido diferente: mama. E mama, é óbvio, pode ser o seio da mulher, o órgão glandular característico dos mamíferos, ou a primeira pessoa do presente do indicativo do verbo mamar. Exemplo do emprego simples desse verbo como intransitivo: “A menina mamou e adormeceu” (Maria da Fonte, livro de Camilo Castelo Branco, publicado em 1885).
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Erro no texto do anúncio do Governo Federal, lido por mim em 16 de julho de 2015, nos jornais: “Avança em São Paulo, Avança no Brasil”. Ora, se é um conselho, uma recomendação, o certo é “Avance em São Paulo, Avance no Brasil.” Aliás, soa mal, o “Avança no Brasil”, porque dá a impressão que o Brasil precisa ser roubado, assaltado... Quem redigiu o anúncio conhece a nossa língua tão bem como eu conheço a língua dos egípcios da época do faraó Tutancâmon...

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Erro num texto a respeito de Rubem Alves: “quando mudou-se com a família”... (Folha de S.Paulo, 1-8-2015). Apesar de não pertencer apenas à categoria das conjunções, a palavra quando, inúmeras vezes, é também advérbio e atrai os pronomes pessoais átonos (sem acento tônico). Dou como exemplo a seguinte frase de Alexandre Herculano: “A águia, quando se arroja sobre a presa”... Portanto o correto é “quando se mudou com a família”...
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Ao som dos gritos “Fica Dilma” (o certo é Fique Dilma”) e de “Não vai ter golpe”, a presidenta Dilma Rousseff participou, no dia 12 de agosto de 2015, do encerramento da Marcha das Margaridas, em Brasília. Num discurso proferido no Estádio Mané Garrincha, ela repetiu isto diversas vezes: “Eu comprimento fulana! Eu comprimento sicrana! Eu comprimento beltrana!” Por favor, Dilma, por favor, raciocine, acalme-se, comprimento é tamanho e cumprimento é a ação de cumprimentar, de saudar.

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Erro na capa da revista Veja: “O real derrete” (12-10-2015). Como a nossa moeda vira líquido, segundo a revista, o correto é assim: “O real se derrete.” Aceitando “o real derrete”, então devemos passar a acreditar que o dinheiro da pátria do “honestíssimo” Eduardo Cunha derrete o gelo ou o chumbo. Eis o exato, o perfeito uso do verbo derreter, na sua forma pronominal: “Ordenou Deus com tão grande milagre, que o maná, que não se derretia ao fogo, se derreteu ao primeiro raio do sol” (padre Antônio Vieira. Sermões, V, 147).
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Erro do colega André Miranda, numa reportagem sobre inéditos de Machado de Assis: este é o fundador da Academia Brasileira de Letras (O Globo, 15-10-2015). Não, quem fundou a ABL foi o jornalista Lúcio de Mendonça, como provo no meu livro A Academia do fardão e da confusão. Machado de Assis se tornou o primeiro presidente daquela casa inútil, ridícula, cagona e tão estéril como o útero de uma velha mula. Cagona porque se cagava de medo diante dos gorilas do golpe de 1964, pois nunca protestou, após esse golpe, contra as torturas, os atos de arbítrio, a censura nazista imposta à imprensa, aos livros, aos espetáculos teatrais.

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Erro do mamífero roedor Eduardo Cunha no seu Facebook, divulgado no mês de agosto de 2015: “É uma acusação grave e que certamente terão outros desdobramentos.” Ai, ai, ai, ai, Eduardo! O terão, vomitado pela sua cachola, é abominável, monstruoso, teratológico! Pare! Aprenda, roedor voraz, o correto é terá, terceira pessoa do futuro imperfeito do indicativo do verbo ter. Entendeu?

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Erro de Frei Beto nesta frase: “A lição descabida de corporativismo é digna dos 40 ladrões de Ali Babá” (Folha de S.Paulo, 16-11-2015). Correção: Ali Babá não chefiava uma quadrilha de 40 gatunos. Ele era um comerciante honesto, como se vê no conto das Mil e uma noites, e penetrou na gruta cheia de riquezas desses bandidos, quando se achavam ausentes. Depois, sabendo da sua visita, os assaltantes quiseram matá-lo, porém a esperta escrava Morgiana, de Ali Babá, conseguiu tirar-lhes a vida, ao derramar azeite fervente nas barricas onde se esconderam.

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No “Programa do Jô” (11-12-2015), o Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho), ex-diretor geral da Rede Globo de Televisão, falou sobre o seu livro Dialogando com os mortos e expeliu esta frase do tamanho de um cocô redondo, soberbo, magnífico: “Por favor, não morre mais ninguém” Boni, pare de defecar nauseabundos cagalhões, iguais aos dos elefantes e dos dinossauros! Aprenda, Boni, aprenda, como a frase é um pedido, eis o uso correto: “Por favor, que não morra mais ninguém”!

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O Correio Popular de Campinas, na sua edição de 19-12-2015, apresentou uma reportagem sobre a cantora francesa Édith Piaf, comparando-a a um “pequeno passarinho”. Ora, o substantivo passarinho, conforme o Dicionário da língua portuguesa, do Cândido de Figueiredo, significa “pequeno pássaro”. Daí se deduz que dizer “pequeno passarinho” é um excesso, uma redundância, como se vê nestas essas três expressões: “sorriso nos lábios”, “viúva do falecido” e “exclusividade total”.

domingo, 19 de junho de 2016

Advice from the pre-corpse Fernando Jorge to pre-corpse Michel Temer

This article was published in a network of 40 newspapers from São Paulo and 60 others from other states
  
        I, reasonable Fernando Jorge, will present here fourteen pieces of advice to smart pre-corpse Michel Temer, President. Yes, we are both pre-corpses, for we are both in almost identical range of advanced age. Lady Death spies on us with special attention. Suddenly, bam!, she will grab our carcase, throwing us into a grave or a crematory. Therefore, of course, I ask Michel Temer, pre-corpse colleague, the favor to accept now my advice, before acquiring the aspect of a melancholic or humorous corpse.
        First advice. Remain calm, Mr. President, for having been mentioned four times in the “Lava Jato (Car Wash) Operation” investigation. Keep on firm, serene, in spite of the fact that your name appeared twenty-one times, between the years of 1996 and 1998, on the charts confiscated by the Federal Police in one of Camargo Correa (construction company) executive’s house. My pre-corpse colleague’s name always stands out in such charts, along with an amount of money that adds up over 340,000USD.
        Second advice. Show nerve control, pre-corpse colleague, for Romero Jucá from PMDB (Brazilian Democratic Movement Party), Planning Minister, your right arm, one of your main articulators, responds to a criminal investigation in both “Lava Jato” and “Zelotes”.
        Third advice. Smile, pre-corpse colleague, before the accusations against Henrique Eduardo Alves, also from PMDB and Minister of Turism. This affable collaborator of Your Highness, is under inquiry at “Lava Jato Operation”, authorized by the Supreme Court, in order to investigate the bribe given to his campaign, Eduardo Alves’, to the state government in Rio Grande do Norte state.
       Fourth advice. Ignore, pre-corpse colleague, the accusations to Geddel Vieira Lima, also from PMDB, Chief-Minister of your government’s bureau. Look at this man’s energetic, grim face. He, according to Federal Police’s report, allowed the construction company OAS to use, in spurious way, his influence as a congressman in several public institutions.
        Fifth advice. Give a lengthy hug, pre-corpse colleague, to Osmar Terra, Minister of Social and Agricultural Development, from the same PMDB, the cleanest political party in Brazil. What an insolence, the Court of Auditors of Rio Grande do Sul state dared point irregularities in Osmar’s office, both in Secretary of Health and in the City Hall of Santa Rosa, and sentenced him to pay a high fine!
        Sixth advice. Mortgage sympathy, pre-corpse colleague, to Minister Blairo Maggi, of Agriculture. Blairo, of PP (Progressive Party), is a victim of two public civic accusations, for administrative improbity, both made by the Public Ministry of Mato Grosso do Sul state.
        Seventh advice. Shake the honest hand, pre-corpse colleague, of your Minister Mendonça Filho, of Education and Culture, from DEM (Democrats). He was the target of the seventh phase of “Lava Jato Operation”, under the accusation of having received 250,000BRL in bribes from the construction companies Odebrecht and Queiroz Galvão.
        Eigth advice. Kiss the lips, pre-corpse colleague, and cuddle lengthily, tickling the hairy armpits of Minister Gilberto Kassab, of Science, Technology, and Communications, member of PSD (Social Democrat Party). Kassab is a defendant in an action of administrative improbity. The São Paulo state Court of Law dares assert: this former mayor of the capital city of São Paulo did not stop, in a market, the charge of bribes.
        Ninth advice. Pronounce a speech, pre-corpse colleague, in defense of José Serra, from PSDB (Brazilian Democrat Social Party), your Minister of Foreign Affairs, mentioned on the list of Odebrecht’s beneficiaries, violated the Municipal Organic Law when he was elected mayor in São Paulo city. He did not properly grant the pay raise to municipal public workers. During his mandate, he showed scandalous administrative improbity.
        Tenth advice. Offer a cup of vitamins, pre-corpse colleague, as a gesture of admiration and friendship, to Ricardo Barros, of PP (Progressive Party), your Minister of Health. Ricardo’s name is on the Odebrecht’s list. Federal Police investigate him on three little things, only: passive corruption, embezzlement, and fraud on bidding to advertising services destined to Maringá City Hall. All favoring the company “Meta Propaganda”.
        Eleventh advice. Send, pre-corpse colleague, a music CD containing songs by the accordion player Luiz Gonzaga, “King of Baião (kind of Brazilian folk music)”, to Sarney Filho, from PV (Green Party), you Minister of Environment. Little Sarney, or better, Big Sarney, had to pay a really high fine under accusation of dishonest political advertisement, a penalty determined by the Federal Public Ministry.
        Twelfth advice. Give as a gift, a very expensive brand new latest design car, pre-corpse colleague, to Maurício Quintella, from PR (Party of Republic), your Minister of Transportation. Sweet creature, with his gentle eyes, Maurício, poor thing, was convicted for administrative improbity, damage to the public treasury, and unlawful enrichment. He is currently a target in the inquiry investigating embezzlement.
        Thirteenth advice. Protest violently, pre-corpse colleague, against Helder Barabalho’s accusations, also from super-ethical PMDB, your Minister of National Integration. Our unfair Justice accuses him of administrative improbity during his office as a mayor in the town of Ananindeua, Pará state. According to that Justice, Helder diverted resources from SUS (Unified Health System).
        Fourteenth advice. Do not hide your profound admiration, pre-corpse colleague, for Moreira Franco, from the unpolluted PMDB, your Special Investment Secretary. On 27 April-1998, the Federal Supreme Court convicted the former Rio de Janeiro state governor for harmful act against public patrimony. He used citizens’ money to print the book “Moreira Franco, ele governou para todos” (Moreira Franco, he governed for all), a volume containing 274 pages, 180 color photographs and an edition of 50 thousand units. Justice obliged him to return an amount equivalent to 150 thousand US dollars, for noncompliance to the Article 37 of the State Constitution, which forbids self-promotion of the administrator in publicity of actions and public works.
        Finally, I, writer Fernando Jorge, modest pre-corpse, enthusiastically greet pre-corpse Michel Temer for the fortunate, really clever choice of his ministers. Congratulations, president, thousands of congratulations to you! What a fair, sensate, insightful, spirit of your highness’!  And note, I am moved, a warm, candid, and luminous tear drop slides down my pale patriotic pre-corpse’s face…



        Fernando Jorge
        Writer and journalist, member of the Ethic Council of Journalists’ Labor Union of São Paulo State since 2004, Fernando Jorge is the author of the books O Aleijadinho -seven editions; Lutero e a Igreja do Pecado (Luther and the church of sin)-eight editions; Vida e Poesia de Olavo Bilac (Olavo Bilac – Life and Poetry)-seven editions; Vida, obra e época de Paulo Setúbal (Paulo Setúbal-Life, Works, and Time)-four editions;  As lutas, a glória e o martírio de Santos Dumont (Santos Dumont – Fight, glory, and martyrdom)-seven editions; Cale a boca, jornalista! (Shut up, journalist!) -six editions; Drummond e o elefante Geraldão (Drummond and Elephant Geraldão)-four editions; Água da Fonte (Water from the spring)-eight editions; Pena de morte – sim ou não? (Death Penalty, yes or no?)-eight editions; As sandálias de Cristo (Christ’s sandals)-ten editions; Vida e obra do plagiário Paulo Francis (Life and Works of plagiarist Paulo Francis)-four editions; Se não fosse o Brasil, Jamais Barack Obama teria nascido (Without Brazil, Barack Obama would never have been born)-six editions.
        Fernando Jorge has a degree in Library Science by São Paulo University (USP); he was the head of Technical Division of São Paulo State Legislative Assembly Library. He was granted Clio Award, by São Paulo City History Academy; Jabuti Award (best biographer) by Brazilian Chamber of Books; the diploma and celebratory medallion of the centennial of Santos Dumont birthday, granted by High Degree Committee of the Air Force Ministry Executive Secretary (for being the greatest Santos Dumont’s biographer).


terça-feira, 14 de junho de 2016

FERNANDO JORGE: VIDA E OBRA DO PLAGIÁRIO PAULO FRANCIS O MERGULHO DA IGNORANCIA NO POÇO DA ESTUPIDEZ

O signatário Marco Antonio Azkoul se sente agraciado por ter sido escolhido pelo amigo, formado em Direito nas arcadas da Faculdade do Largo São Francisco, bibliotecário, escritor e jornalista Fernando Jorge, a fazer um breve comentário desta valiosa obra, best-seller, consagrada mundialmente, e já na 3ª edição, atualizada e aumentada. São Paulo, Geração Editorial, 2016.   

·       Esta obra ratifica um velho provérbio árabe: - A espada não faz o que a palavra faz! 

·      Todos os que pensavam e pensam ao contrário, tiveram e terão de rever as suas posições, diante das provas trazidas a colação nesta biografia surpreendente.      

·      Os jornalistas tem um compromisso com a verdade! Nesse sentido, Numa-Denys Fustel de Coulanges (1830-1889) em sua célebre tese intitulada La Cité Antique - Étude sur Le Culte, Le Droit, Les Institutions de la Grèce et de Rome concluiu:
           
              Sem documentos não há História.    


O compromisso com a verdade é levado a sério por Fernando Jorge ao descortinar à luz da verdade o que esta por trás das aparências dos interesses espúrios, arrivismos e inescrupulosos de uma mente insana.     

·       O autor trata Paulo Francis como um homem, dentre outros vícios, sádico, vaidoso e soberbo, com vários desvios de conduta, tais como, sexual, alcoolismo, etc.. Um homem cheio de preconceitos e aversão, marcado na infância e, consequentemente, um adulto marcado à vida toda.

·      Sofrido e ferido emocionalmente com o sucesso alheio, frustrado, complexado, a espargir no seio da sociedade e nas relações pessoais toda sorte de racismo, ódio, inveja, dissimulação, mentiras, plágios, contrafação, injurias, difamações e calúnias às vítimas assassinadas intelectual, cultural e moralmente.

·       Se você não falar não ao seu inimigo, ele te venceu! Paulo Francis é tratado como um homem que se penitenciava e odiava a si mesmo, pois o seu sofrimento intenso estava registrado indelevelmente nos recônditos do recesso de sua mente subliminar, conflitos trazidos consigo, registrados no seu córtex cerebral e, contingencialmente, não tinha forças ou consciência para quiçá reagir de forma positiva aos vícios, emoções e paixões desmedidas que o levaram à morte prematura. Fenômenos adquiridos e transmitidos a Paulo Francis, desde a sua tenra infância, quer dos horrores dos pós-guerras, quer de uma Europa e de uma Alemanha arrasada. Europa esta melancólica e ressentida em sua mente inconsciente coletiva. Guerras são guerras e não há vencedores e nem vencidos, pois os que não morrem nela acabam morrendo doentes física e psicologicamente.

·       Aos que se arriscam descer um profundo abismo, outro velho provérbio árabe é categórico: - A mentira é uma corda curta!    Immanuel Kant na sua Crítica da Razão Prática, afirmou ser a lei moral santa ou inviolável; humildade é o conhecimento de si e a felicidade a certeza subjetiva de ser honesta a pessoa consigo. Ora, a Bíblia é clara (João 8:44): O Pai da mentira é o Demônio! Ela é maior subversora da razão, segundo Nitzsche nos seus escritos sobre História.   Ficou provado, neste opúsculo, que Paulo Francis pensava estar acima do bem e do mal e não obstante as suas imprecações cheias de torpor contra pessoas intelectuais, talentosas, e instituições públicas e privadas. Era um racista empedernido e não poupava ninguém: judeus, árabes, russos, índios, baianos, portugueses, mestiços e negros... Não hesitava para tanto em se utilizar da mais vil violência psicológica, vis compulsivas e ameaças para alcançar suas lucubrações e obstinados arrivismos.  

·       A vida e obra do plagiário Paulo Francis, confidenciada ao signatário pelo autor, foi motivada também por pura vingança do jornalista e escritor Fernando Jorge contra o biografado, tendo origem em um comentário feito pelo seu nobre e inesquecível pai, o grande gênio e poeta injustiçado, autor dos mais lindos versos cristãos, “Porta do Céu”, Salomão Jorge sobre o artigo de Paulo Francis publicado na Folha de São Paulo, ridicularizando e chamando os árabes de débeis mentais e de que o alcorão e a virgindade das mulheres muçulmanas eram duvidosos. Naquela época, Salomão Jorge se pronunciou mais ou menos assim:- Filho o Paulo Francis ofendeu pesadamente os árabes, o Islamismo e suas mulheres! A alma sensível de Fernando Jorge ao ver o seu amado pai consternado com lagrimas nos olhos, reagiu impetuosamente dizendo: - Pai! Irei vingar a nossa raça e origens árabes! E assim o fez.    

·      Fernando Jorge, em toda obra, quis provar com riquezas de detalhes, o mau caráter e a personalidade torpe de Paulo Francis, que além de mentiroso e plagiário, falou mal da Itália, atacou não poucas vezes, o Poder Judiciário do Brasil, incluindo os seus juristas, Portugal, Brasília, japoneses, judeus, muçulmanos, russos, mestiços, índios, mulatos, negros, religiões, nordestinos, pessoas físicas, jurídicas... E assim Fernando Jorge não só cumpriu a sua promessa, mas fez acelerar a grande expiação de Paulo Francis até a sua morte súbita.      

·      Fernando Jorge, agindo com flama e o sangue ardente de um verdadeiro beduíno do deserto, munido de sua desembainhada e afiada espada vingadora de justiça (a caneta e a consciência), não mediu esforços ao empreender as mais árduas pesquisas, investigações jornalísticas contra o seu desafeto e detrator alheio; obteve as provas irrefutáveis e incontestáveis contra a quem considerava o maior dos farsantes, plagiário, covarde, sub-reptício e apedeuta, Paulo Francis.      

·      E em seguida, com incansável fôlego, escreveu esta obra onde Fernando Jorge fez um verdadeiro libelo crime acusatório contra o temido Paulo Francis até o juízo final, daquele considerado pelo autor como um dos maiores criminosos racistas, contra a honra, decoro, dignidade e a propriedade intelectual alheia; violando não só os direitos autorais, mas com todos esses meios fraudulentos, enriquecendo-se ilicitamente, não obstante a sua tremenda ignorância e estupidez em todos os aspectos da vida. E não obstante os seus infindáveis erros grassos de português, Fernando Jorge não o poupou em estigmatizá-lo também como um dos maiores inimigos de toda a humanidade e das nossas instituições.  

·      Paulo Francis era um crápula. Um criminoso pilantra e contumaz; uma espécie de fascista ou nazista travestido de intelectual, segundo o próprio Fernando Jorge entre outros reprováveis adjetivos mostrados em sua obra. Fernando Jorge foi implacável ao acusar Paulo Francis a certa altura de premeditar e consumar os seus crimes à distancia, a fim de dificultar e ficar impune das ameaças, plágios, contrafações e achincalhos com que enxovalhava as suas vitimas por fixar seu domicilio com uma vida confortável e luxuosa em Nova Iorque-EUA, vide páginas 03/493.

·       Apenas, a titulo de comparação, Fernando Jorge contou ao signatário em sua agradável residência, que o animador e apresentador de programa de TV, Silvio Santos, Senor Abravanel, descendente dos judeus árabes da Espanha (safaradita) e que pertencem à tribo de Levi, sacerdotes e guardiões do Templo de Salomão e do antigo Tabernaculo de David, quando foi entrevistado sobre a sua vida profissional e matrimonial pelo saudoso, loquaz e intelectual jornalista Flávio Cavalcanti (1923/1986), no seu programa de TV, sucesso de audiência, que ia ao ar em horário nobre, cujo um dos jurados era o culto escritor, jornalista, perspicaz e perscrutador de almas Fernando Jorge, o qual fez duras criticas e interpelações a respeito da moralidade sexual de Silvio Santos,  naquele programa de TV, transmitido em rede nacional pela extinta TV Tupi.  Silvio Santos com o seu sorriso contagiante (marketing pessoal) levava tudo na esportiva. Depois do programa, atrás dos bastidores, Fernando Jorge perguntou ao entrevistado Senor Abravanel, se realmente tinha se ofendido com as interpelações feitas publicamente no programa de TV do apresentador Flávio Cavalcanti? Silvio Santos com o seu peculiar sorriso que desarma qualquer espírito, respondeu: - Fernando Jorge, você não me conhece! Falem bem ou falem mal, mas falem de mim!   Não fiquei ofendido não, ao contrário!      

·       É só comparar a reação psicologicamente positiva de Silvio Santos, diante dos preconceitos e criticas das elites naquela época, onde ele levava tudo no bom humor ao do sofrido, amargurado e rancoroso Paulo Francis. Todo drama como se vê é psicológico, pois todas as pessoas reagem como são tratadas, isto é, gentileza gera gentileza, alegria gera alegria, riqueza gera riqueza da mesma forma, ao contrário-senso de que ofensas geram ofensas, pobrezas geram mais pobrezas, ou seja, um abismo atrai o outro pela natural lei da atração dos homólogos. Logo, as pessoas são o que pensam.  Cada um tem o que merece, quer com pensamentos, palavras e ações. Nesse sentido há um velho adágio, não culpe a Deus, não culpe os outros e não culpe o acaso. Culpe a si. Se quiser que os outros mudem, mude você primeiro!

·      Assim diz um sábio provérbio português: - Contra as provas não há argumentos!  Fernando Jorge conseguiu até então o seu objetivo contra o biografado Paulo Francis ao revelar toda verdade à humanidade nos capítulos epiqueremicos, a saber: 1- A vida do plagiário Paulo Francis. 2- Seus plágios intermináveis. 3- As intermináveis informações erradas de Paulo Francis. 4- Os seus gravíssimos erros de português. 5- A sua ignorância berrante no setor da história da pintura. 6- Seus erros monumentais no campo da literatura. 7- Seus impressionantes erros no campo da história. 8- As injúrias, difamações e calunias nojentas de Paulo Francis e sua vil personalidade em vários aspectos e muito mais, em VIDA E OBRA DO PLAGIÁRIO PAULO FRANCIS O MERGULHO DA IGNORÂNCIA NO POÇO DA ESTUPIDEZ.

·      Morte de Paulo Fancis. Segundo informações, ele teve um mal súbito, possivelmente ocorrido no interior do banheiro do seu apartamento em Nova Iorque-EUA, ora por causa deste livro, escrito três meses antes de sua morte, ora por causa do processo movido nos EUA pelo então Presidente da Petrobrás Joel Mendes Rennó,  que ocupou o cargo de presidente da Petrobrás durante o biênio de 1992 a 2003 do governo Itamar Franco e durante o primeiro mandato de 1995 a 1998 do governo Fernando Henrique Cardoso, a saber: No início de 1997, no programa de TV a cabo do qual participava,  “Manhattan Connection”, transmitido pelo canal GNT, Paulo Francis propôs a privatização da Petrobras e acusou os diretores da estatal de possuírem cinquenta milhões de dólares em contas na Suíça. Rennó sentindo-se ofendido, utiliza-se da Petrobrás (sociedade de economia mista, sob controle da União) para processá-lo na justiça americana, sob alegação de que o programa seria transmitido nos Estados Unidos para assinantes de canais brasileiros na TV a cabo. Caso condenado, Paulo Francis  pagaria indenização milionária (de 100 milhões de dólares) aos diretores da Petrobras, pois não tinham conta na Suíça com proventos ilícitos imputados a eles.  Fernando Jorge asseverou que Paulo Francis, ao saber do processo, ficou tão enfurecido e os bravejando que chegou a pedir até a intervenção do próprio Presidente Fernando Henrique Cardoso,   também uma de suas vitimas antes de se tornar Presidente da Republica do Brasil, objetivando persuadir os autores da ação  a desistir do malsinado processo, pois temia ser condenado e perder a sua fortuna obtida ao longo de sua vida.    No entanto, somente muitos anos depois, já em outras gestões da Petrobrás, comprovou-se a existência de acordos ilícitos das grandes empreiteiras com os diretores da Petrobrás no Governo Fernando Henrique Cardoso. Repita-se, após a gestão de Joel Mendes Rennó.
Foi a partir da gestão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás de 2004 a 2012, suspeito de chefiar o esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás. Fernando Henrique Cardoso publicou em seu livro Diários da Presidência, volume 1... (Cód: 9186765), Companhia das Letras.
Paulo Francis (1930/1997) morreu de um ataque cardíaco, diagnosticado em seus primeiros sintomas, como uma simples bursite. Era casado com a jornalista e escritora Sônia Nolasco, com quem viveu por mais de vinte anos. Fernando Jorge afirmou: -Kito Junqueira, amigo pessoal de Paulo Francis foi quem entregou o meu livro a ele em Nova Iorque. Fernando Jorge, confidenciou ao signatário também, que após a morte de Paulo Francis a sua mulher, a jornalista e escritora Sônia Nolasco, telefonou de Nova Iorque ao Sr. Luiz Fernando Emediato, proprietário da Geração Editorial, que fez a 1ª/3ª edição deste livro, aturdida, exclamou: - Você viu o que você fez? Você fez o Fernando Jorge  matar o meu marido!  O corpo de Paulo Francis foi embalsamado e trasladado de Nova Iorque para o Rio de Janeiro onde foi enterrado no jazigo familiar do Cemitério de São João Batista.

·      TEORIA MONISTA DO DIREITO Fernando Jorge adota a teoria monista do direito, e avisa: - Todo aquele que acede ou concorda com o criminoso, tornar-se também autor dos crimes por ele praticados.
Uma repórter do Jornal do Brasil, após a fatalidade, telefonou para Fernando Jorge e lhe perguntou: - O Senhor está com a consciência tranquila, dorme direito?- Aqui no Rio de Janeiro estão dizendo que o seu livro causou a morte de Paulo Francis quando o lia no interior do banheiro do seu apartamento nova-iorquino! Respondeu Fernando Jorge: - Sim, estou com a minha consciência tranquila, pois cumpri a minha missão! Tudo o que eu apresentei é verdade. Estou esperando alguém que me prove o contrario! E se o meu livro é assassino, quem irá processa-lo e que pena ele irá receber? E depois a indagou de maneira jocosa: - Se sou autor de um livro assassino, eu tenho que figurar no Guinness World Records, pois sou o pai do primeiro livro assassino do mundo!

·      O Caso Petrobrás. Quanto ao escândalo da Petrobrás, Fernando Jorge elogia as investigações feitas pela Polícia Federal na operação Lava Jato e entende que a pena não passa do infrator e quem não deve, não teme! E postula: - O caso de Joel Mendes Rennó, ex-presidente da Petrobras nos anos de 1992 a 2003, não há nenhum nexo causal, nenhuma prova apresentada nas noticias infamantes propaladas em 1997 pelo sagaz e astuto Paulo Francis contra Joel Mendes Rennó e sua gestão, caso contrário ele e sua diretoria não teriam ajuizado a ação por danos morais, mediante advogados norte-americanos contratados, patronos da ação na Justiça dos EUA. A Justiça dos EUA é extremamente democrática e investiga toda a exceção da verdade para não pairar duvidas, suspeitas e indícios contra os autores da ação até então. Lá é Juri Popular para tudo. Utiliza-se do sistema  “pleabargaining”, quer dizer, admiti-se a transação com a admissão da culpa do réu  para todos os casos com exceção aos crimes tentados e consumados contra a vida.

Para Fernando Jorge os crimes contra a Petrobrás só teriam sido deflagrados em outras gestões a partir de 2004, data do inícios dos fatos delituosos progressivos, onde figura como mentor e chefe do esquema de corrupção e peculato contra a Petrobrás o Senhor Paulo Roberto Costa, ex diretor de Abastecimento da Petrobrás e seus outros comparsas, gestão de 2004 a 2012. Todos esses réus são confessos e delatores com provas da sanha criminosa contra a administração pública constantes nos autos do inquérito policial e do processo judicial, sendo noticiado intensamente pela mídia e pela imprensa em geral. -E isso só é a ponta do “iceberg”, pois culturalmente o Brasil é marcado por drásticas crises sucessivas em sua História. E como tal não diminui o mau caráter e a personalidade vil deste mais um canalha da História, ídolo de barro, oportunista, plagiário, apedeuta, nazistas e criminoso qualificado Mister Paulo Francis Plagiarist..., assevera assim Fernando Jorge, que se sente um vingador e paladino da justiça que prestou relevantes serviços com esta obra, quer a  todas as vitimas, quer a verdade real e aos que querem ver o bem triunfar contra o mal.   


·       CONCLUSÃO: Trata-se de um arcabouço de provas apresentada com riqueza de detalhes ao publico em geral. Um valioso opúsculo imprescindível à Criminologia Cientifica nas matérias gnosiológicas e concernentes à vitimologia, livre-arbítrio... A obra não deixa de ser também um alerta à pedagogia e andragogia da educação de massa, não só na questão do uso incorreto do nosso léxico, mas sobretudo em rever esse modelo retrogrado e castrador de ensino, pois muitas informações e matérias são ministradas aos alunos, mas não a mais importante e essencial de todas: O estudo da mente, seu funcionamento e os fenômenos biopsicosociais.  Disciplina esta restrita apenas aos poucos que estudam a Criminologia Cientifica, Psicanálise e a Psicologia Forense.  



Marco Antonio Azkoul – Mestre e Doutor em Direito Constitucional - pré-candidato ao cargo de Vereador da Cidade de São Paulo/capital pelo PRB.   “Um homem de Deus com vontade de mudar!”