segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Fraude não é o Chico Buarque, é o Diogo Mainardi!

Diogo Mainardi, no seu insosso texto “Edna entendeu tudo”, publicado na “Veja” de 15 de julho de 2009, garante que o Chico Buarque é uma fraude. O Dioguinho endossa a opinião da péssima romancista irlandesa Edna O’Brien, autora de obras soporíferas, uma das participantes da Flip, da festa literária de Paraty, na qual escritores movidos a cachaça, nacionais e estrangeiros, vagam no porre pelas ruelas da cidadezinha sem rede de esgoto, mijando e defecando. No decorrer dessa festa mais etílica que literária, o fedor da urina e do cocô se torna insuportável, asfixiante.
O Dioguinho Maisnada, aliás, Mainardi, esculhambou também um escritor de talento, Milton Hatoum. Todavia, eu pergunto: quem é Dioguinho Maisnada, aliás Mainardi, para condenar a literatura do Chico e do Milton? Respondo: ele é apenas o Dioguinho Maluquinho da “Veja”, sem a graça do Menino Maluquinho do Ziraldo.
Por que esse apedeuta meteu o pau nos dois? Explica-se, o desvairado colunista, - energúmeno-mor da imprensa brasileira, - é um invejoso crônico, incurável. Não se conforma com o sucesso literário alheio. Deve ter sofrido um forte ataque de invejeite aguda, ao saber que o livro “Leite derramado”, Best-seller de Chico Buarque, vai ser lançado na Itália pela editora Feltrinelli. Estava certo Pierre Corneille (1606-1684), o criador da tragédia francesa, quando colocou estas palavras na cena segunda do ato V da sua peça “Suréna”:
“Nunca um invejoso perdoa o mérito”.
(“Jamais un envieux ne pardonne au mérite”)
Há anos leio as cretinices, os disparates, os insultos, as cacaborradas, os gravibundos erros de sintaxe do hidrófobo Dioguinho Maisnada. E fico espantado, pois a revista “veja” é excelente, assemelha-se a uma bela e confortável casa, onde seus leitores se sentem à vontade. Mas eu pergunto: qual é a casa, por mais moderna que seja, que não tem a sua latrina?
Vejamos se o Dioguinho sabe escrever, se revela cultura para execrar os livros do Chico Buarque e do Milton Hatoum.
Erro de português do Dioguinho no texto “Vamos soltar os bandidos”:
“A gente é menos primário” (“Veja”,4-5-2005).
Correção: “A gente é menos primária”, pois gente, aqui, é substantivo feminino.
Erro de português do Dioguinho no texto “Sai, Lula, sai”:
“Sai, Lula, sai. Sai rápido daí” (“Veja”, 13-7-)
Correção: “Saia, Lula, saia. Saia rápido daí.” O indouto Dioguinho, sempre apressadinho, não percebeu que sai é a terceira pessoa do presente do indicativo do verbo sair. É um conselho dele e não a descrição de uma saída no tempo presente.
Erro de português do Dioguinho no texto “O resumo da ópera”:
“O resultado foram a perda de controle do Congresso e a eleição de Severino Cavalcanti” (“Veja”, 7-9-2005).
Correção: “Os resultados foram...” Erro berrante, tão tonitruante como a peidorrada de um porco-do-mato peidorreiro.
Erro de português do Dioguinho no texto “Para entender o caso Nahas”:
“O governo rachou ao meio”.
Correção: “O governo rachou-se ao meio”. Aí o verbo rachar é pronominal. Foi o governo que se rachou, ele não rachou outra coisa.
Erro de português do Dioguinho no texto “Atear fogo no PSDB?”
“Do Canadá, onde foi passar férias, telefonava a José Serra, para garantir-lhe seu apoio”... (“Veja”, 22-3-2006).
Correção: “...para lhe garantir seu apoio...” A preposição para atrai o pronome, como nesta passagem do canto IV do poema “Os Lusíadas” de Camões:
“Já para se entregar quase rendidos
a fortuna das forças africanas”.
Ou como na seguinte frase de um sermão do padre Antônio Vieira:
“Por isso não teve ocasião para o estimar, nem boca para o aplaudir, nem olhos para o ver”.
Erro de português do Dioguinho no texto “Ginecomastia, sanfoneiros, pobres”:
“Nos últimos quatro anos, Lula enriqueceu” (“Veja”, 23-8-2006).
Correção: “...Lula se enriqueceu”. O verbo, aí, é pronominal. Dioguinho Maisnada, aliás Mainardi, quis dizer que Lula ficou rico e não que ele enriqueceu outra pessoa...
Erro de portugues do Dioguinho no texto “O mensalão das artes”:
“A Petrobras é o maior patrocinador cultural do Brasil” (“Veja”, 30-8-2006).
Correção: “A Petrobras”, é a maior patrocinadora”. Se fosse “O Petrobras”, vá lá. Dioguinho Dioguinho, menininho malvadinho e ignorantesinho!
Erro de português do Dioguinho no texto “A voz do PT”:
“Devolve o dinheiro aí, José Dirceu” (“Veja”, 6-9-2006).
Correção: “Devolva o dinheiro aí, José Dirceu”. O Dioguinho está dando um conselho. Portanto, salta à vista, o correto é devolva. Ele não conhece de modo seguro os três tempos fundamentais do verbo: presente, passado e futuro.
Erros de português do Dioguinho no texto “A imprensa lubrificada”:
“Quando ‘IstoÉ’ publicou a entrevista com o chefe dos sanguessugas... Agora a CPI dos sanguessugas... Para combinar a entrevista com o chefe dos sanguessugas... Um dos articuladores da entrevista com o chefe dos sanguessugas” (“Veja”, 29-11-2006)
Correção: quatro vezes o Dioguinho provou que não sabe que o substantivo sanguessuga é feminino, pois devemos dizer a sanguessuga e não o sanguessuga. Todos os bons dicionários da língua portuguesa ensinam isto, como o do Cândido de Figueiredo, o do Caldas Aulete, o do Laudelino Freire, o do Antenor Nascentes, o do Silveira Bueno, o do Aurélio, o do Antônio de Moraes Silva.
Agora, amigo leitor, diga-me se o Dioguinho Maisnada, aliás, Mainardi, tem capacidade para criticar os livros do Chico Buarque e do Milton Hatoum. Tem? Se ele tem, a ignorância no Brasil atual vale muito mais do que a cultura e a inteligência. E notem, eu não mostrei os intermináveis erros de português dos livrecos do Dioguinho. Isto fica para outra ocasião.

2 comentários:

Aldrin Iglesias disse...

O meu Fernando Jorge !

Quando a biografia do Getúlio Vargas estará pronta? Quero tê-la !

Abraços e boa noite

Unknown disse...

Esse Diogo Maisnada nao passa de um direitista, facista e escriba por encomenda da reacionaria revista Veja, que endeusa os tucanos, que causaram mais de 10 milhoes de desempregos e 70 milhoes de excluidos. E eles se beneficiavam da mao de obra barata.Alem disso, a veja mandava ou ainda manda imprimir suas revistas no Chile.
O Diogo Maisnada é um Goebels tupiniquim