domingo, 21 de dezembro de 2008

Difamar Jesus e a mais imunda das baixezas

Com todos os meus defeitos, com todos os meus pecados, sempre tive e tenho um amor forte por Jesus Cristo. Acredito firmemente no Filho de Deus Humanado. Ele, para mim, nunca deixou ser o Verbo Divino, a Verdade Eterna, o Príncipe da Paz, a Imorredoura Luz Celestial, o Alto Pastor do Universal Rebanho, o Piedoso, o Amoroso, o Vitorioso, o Guia, a Esperança, a Salvação. Todas as vezes, quando abro a Bíblia e volto a ler os episódios da sua vida, eu me emociono muito. Ninguém se compara a Cristo, ninguém. E causam-me nojo, ânsia de vomito, desprezo imenso, os que o atacam e o ridicularizam. Difamar Jesus, como fez Dan Brown no livro O Código Da Vinci, é a suprema infâmia, a mais imunda das baixezas.
Sou bem grato ao Rabino da Galiléia. Quantas vezes ele me ajudou! Obrigado ò Redentor boníssimo, generosíssimo! Lembro-me de que certo dia um editor ateu me propôs:
-Fernando, pretendo lhe dar uma grande soma de dinheiro, se você escrever um livro contra Jesus Cristo.
Reagi indignado:
-Como se atreve a propor isto? Em hipótese alguma aceitaria esta oferta, nem que você me entregue um cofre enorme, repleto de pérolas, diamantes e moedas de ouro! Jamais!
O editor respondeu:
-Admiro o seu procedimento. Perdoe-me, não insistirei.
Esse editor era meu amigo e já desencarnou. Deus ilumine a sua alma.
Conta velha lenda oriental que várias pessoas se ajuntavam em redor de um cão morto, no mercado de populosa cidade da Síria. Ali, num canto, ele tinha no magro pescoço a corda suja com a qual o haviam arrastado pelo chão. Uma daquelas pessoas, tampando o nariz, soltou este comentário:
-Ele cheira mal, deve estar podre!
Logo um comerciante exibiu a sua repulsa:
-A pele rasgada deste bicho horrível e fedorento não serve nem para se transformar na correia de uma sandália.
Outro fulano declarou:
-Sem dúvida a corda do seu pescoço é a prova de que era um cachorro ladrão. Mereceu ser enforcado!
Depois de ouvir tais comentários, aproximou-se do grupo um homem de rosto sereno, em cujo meigo olhar uma estranha luz resplandecia. O desconhecido se inclinou na frente do animal e proferiu estas palavras:
-As pérolas mais lindas não têm a alvura dos seus dentes.
Surpresos, todos se entreolharam, e cabisbaixos, sob o domínio da vergonha, começaram a ir embora, mas um deles arriscou-se a dizer:
-Este homem deve ser Jesus de Nazaré, pois só ele e capaz de ver a pura beleza no corpo xingado, humilhado e maltratado de um mísero cão morto.
É mesmo, só Jesus possui o dom de ver o que nos não vemos, de descobrir uma flor viçosa e recendente num imundo pântano estagnado.
Apenas Jesus acolhe a todos, não discrimina, não separa o homem preto do homem branco, o enfermo do sadio, o opulento do pobre, o infeliz do venturoso, conforme mostra este magnífico soneto do livro Porta do Céu, escrito pelo meu pai, Salomão Jorge:

“Água da fonte, rico pão da vida,
Videira santa que floriu no prado,
Só tu podes curar qualquer ferida,
E a lágrima enxugar do desgraçado!

Toda a existência que tombou vencida
Encontra em Ti o lar ambicionado,
E o que geme na dor incompreendida
Será por Ti ouvido e consolado.

Ó Lírio de ouro das vergéis amenos,
De olhos doces, nostálgicos, profundos,
Teu coração é a pátria dos pequenos!

Ó Lâmpada do cego, sempre acesa,
Mendigos, párias, órfãos, vagabundos,
Sentam-se, hóspedes de honra, à Tua mesa!"

Hoje, eu lamento, livros, revistas e jornais se empenham na porca tarefa de enxovalhar Jesus. Querem crucificá-lo pela segunda vez

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