quarta-feira, 6 de março de 2013

CINQUENTA TONS DE PORCARIA


É triste ver a burrice, a ignorância e a fraqueza de espírito de milhares de leitores brasileiros. Prova do que acabo de afirmar: o sucesso imenso de três romances pornográficos da escritora inglesa E. L. James, intitulados Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons de liberdade, Cinquenta tons mais escuros. Excrementos literários, lançados pela editora Intrínseca. Todos, na verdade, são cinquenta tons de porcaria, de fezes em formato de livro.

A autora da imundice é uma inglesa casada, meio obesa. Tem cara de churrasqueira ou de vendedora italiana de salame. Ela conta a história de uma mocinha que seduzida por um empresário rico, entrega-se ao fulano e se submete aos seus caprichos sexuais. Pornografia das mais baixas, fedorenta. História idiota, para leitores que desejam também ficar idiotas.

A revista Veja fez extensa reportagem, com o objetivo de explicar o sucesso estrondoso da porcaria.

Livreiros me informaram que mocinhas de quatorze anos, e mulheres casadas, não param de comprar o vômito expelido pela inglesa. Essas mulheres engolem esse vômito podre, deduzo, com o propósito de se excitarem sexualmente, e as mocinhas porque desejam ser “modernas”, “prá frente”. Eu vi, na porta de entrada de um colégio, uma estudante perguntar a outra estudante:

–Você já leu os Cinquenta tons de cinza?

A menina respondeu:

–Não.

Comentário da primeira, que aliás tinha cara de retardada mental:

–Nossa, como você está por fora! Eu li e adorei!

A amiga da debiloide empalideceu de vergonha. Sem dúvida foi logo comprar numa livraria o cocô em forma de livro, defecado na Inglaterra.

Desconfio que a catarinense Ingrid Migliorini, de vinte anos, colocou a sua virgindade em leilão, pelo custo de 1,5 milhão de reais, sob a nefasta influência do nojento Cinquenta tons de cinza. Um empresário japonês aceitou a proposta. Ela o conheceu em Sidney, na Austrália, e talvez o defloramento ocorra num iate da baía daquela grande cidade do oceano Pacífico.

Ingrid possui rosto angelical, redondo como a bunda de bebê gorducho, vitaminado. A inocência do seu rosto contrasta com a venalidade da sua alma.

Os romances da pornógrafa E. L. James prejudicam muito a causa das feministas. Asquerosos como o ranho dos narizes das pessoas fortemente gripadas, eles aviltam a mulher, transformando-a num simples objeto sexual, em qualquer hora à disposição da libido masculina.

A repulsiva autora inglesa apenas conseguiu efetuar, nos três volumes dos seus tons de porcaria, a propaganda do machismo bárbaro, selvagem. E sem querer deu razão à feminista Catharine Mackinnon, que asseverou num texto publicado no The New York Times, em 15 de dezembro de 1991:

“Na violência contra a mulher, os homens são um grupo sexualmente treinado.”

Essa violência, aceita pela pornógrafa E. L. James, foi condenada por Catharine na “Conferência sobre o discurso, a igualdade e a ofensa” (“Speech, equality and harm conference”), proferida em 1993 na Escola de Direito da Universidade de Chicago:

“A pornografia é, de forma evidente, matéria destinada à masturbação. É utilizada como sexo. Portanto é sexo... Devido à pornografia, mulheres expostas, humilhadas, violentadas, degradadas, mutiladas, desmembradas, amarradas, amordaçadas, torturadas e assassinadas... E os homens fazendo tudo isto.”

Concordo com a feminista Catharine Mackinnon: sim, a pornografia, exercida pelo homem, degenera a sua sexualidade. E como os três abortos gerados por E. L. James possuem natureza pornográfica, ela os pariu com a única intenção de incentivar as mulheres a se tornarem escravas das fantasias sadomasoquistas do macho da espécie humana.

Asseguro, os três monstrengos sifilíticos da pornógrafa inglesa, Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons de liberdade, Cinquenta tons mais escuros, constituem três desserviços à causa das feministas, pois enaltecem, prestigiam a violência sexual do homem contra a mulher.

E. L. James, ao gerar os cinquenta tons de porcaria, apoiou a declaração do assassino e estuprador britânico John Steed, divulgada em 1986:

“O que as mulheres querem não é ser tratadas com respeito e carinho. Querem ser tratadas como m... Parece que gostam disso.”

Indiscutível, os romances pornográficos de E. L. James combinam com estas palavras do ator egípcio Omar Sharif, pronunciadas em 1981, durante uma entrevista:

“Toda mulher adora a ideia de um sheik a raptar no seu cavalo branco e depois estuprá-la em sua tenda. É o instinto feminino.”

Eu admirava Omar Sharif. Gostei de dois filmes, nos quais ele aparece, Lawrence da Arábia, de 1962, e Doutor Jivago, de 1965, mas as suas palavras acima me desiludiram, convenceram-me de que Omar Sharif é burro, e não tenho mais paciência, resignação, para ler asneiras. Além disso o poeta Casimire Delavigne (1793-1843) não errou quando escreveu o seguinte, numa de suas Epîtres:

“Depois de Adão, os asnos se acham em maioria.”

(“Les sots son depuis Adam en majorité”)

Logo em seguida à vitória da revolução soviética de novembro de 1917, Alexander Feodorovitch Kerensky, político, orador e jornalista, fugiu da Rússia, disfarçado de mulher. Perguntaram a Lenin:

–Qual vai ser o papel de Kerensky na História?

Lenin esclareceu:

–Ele vai ficar na lata de lixo da História.

Parafraseando o fundador do Partido Bolchevista, posso garantir:

–Os três livros da pornógrafa E. L. James vão ficar na lata de lixo da literatura.

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