domingo, 26 de julho de 2015

Vida, Obra e Época de PAULO SETUBAL – Um homem de alma ardente, 2ª Edição, Geração Editorial, 2008.

A obra revela ao leitor o contexto dos fenômenos políticos, jurídicos, econômicos e sociais na seara internacional e nacional nos idos anos 1920 e 1930, exteriorizadas pela maneira peculiar de ser do sensível Paulo Setúbal, um homem de alma ardente, cuja sua essência era de elevada espiritualidade cristã, tendo como exemplo de vida o seu professor primário o seu Chico Pereira na sua singela cidade natal de Tatuí/SP, indelevelmente marcada na sua pobre infância, acrescida posteriormente de um profundo conhecimento enciclopédico, filosófico, social, jurídico e histórico deste imortal mestre do romance, exercendo varias funções desde promotor de justiça, advogado militante, deputado estadual, sendo um dos maiores arautos das liberdades individuais, democrata fervoroso, patriota paulistano, herói de nossa epopeia, cuja doença uma tuberculose crônica não o abateu, pois que naquela época dos anos 20 e 30 a tuberculose não tinha cura, pelo contrario senso, a doença despertou o gênio, o poder mais tremendo do que todas as bombas nucleares do talento do espirito humano, que havia dentro de si. Paulo Setúbal superou todas as adversidades e foi à luta, colocou ‘mãos as obras’ para não malbaratar o seu tempo na terra. Transformou o isolamento e a solidão numa caixa de pandora. Assim, pôs em ação, verdadeiras joias da literatura e obras de vida: As Molequices do Imperador, A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau, Um Sarau no poço de São Cristóvão, revelações inéditas de D. Pedro I, Chalaça, José Bonifácio de Andrade e Silva, Dona Leopoldina, A Bandeira de Fernão Dias, Nos Bastidores da Historia... Paulo Setúbal foi aguerrido combatente das travestidas e famigeradas ditaduras ao irradiar o poder constituinte aos paulistas a serviço do Brasil no movimento constitucionalista de 1932, junto com seus nobres contemporâneos. Pena que Humberto de Campos, também desenganado pelos médicos, em janeiro de 1928, ao saber que sofria de uma grave enfermidade denominada hipertrofia da hipófise não ouviu os sábios conselhos e experiências de Paulo Setúbal ao transformar a dor e o sofrimento de sua enfermidade física em tesouros e obras de vida, cujos resultados foram além dos sonhos mais promissores. Paulo Setúbal, sem tergiversar, mostrou-nos que de fato a fé realmente move montanhas. Paulo Setúbal foi o gigante Herculano, utilizando de sua mente subconsciente para a ascensão e gloria de toda humanidade, expandindo a maravilhosa criação divina. Apostolo empírico da justiça do bem, amor, bondade à nossa gente à nossa terra, terra dos bandeirantes a serviço do Brasil com seu profundo amor à natureza e ao Criador Eterno, em Cristo Jesus. Noutro dizer, árduo defensor de princípios, hoje esquecidos ou até desconhecidos dos nossos elementos constitutivos: família, religião e politica honesta da bem articulada e rica língua de Camões. E muito mais, lutou contra as ervas daninhas de todo mal, tais como: as desigualdades sociais, a falsa moralidade e de caráter, os canalhas, traidores trasvestidos em bons samaritanos e salvadores da pátria...   Só um jornalista intrépido como Fernando Jorge poderia trazer a lume a biografia viva deste monumental personagem de nossa história como vida, obra e época de Paulo Setúbal.
Fernando Jorge sinceramente não tenho palavras para agradecê-lo. Seus livros e biografias tais como este, deveriam ser adotados em todas as escolas. 

São Paulo, 20 de julho de 2015.

Prof. Dr. Marco Antonio Azkoul

IVETE SANGALO, NÃO ODEIE OS GATOS PRETOS!

Informou o meu colega Joaquim Ferreira dos Santos, colunista do jornal "O Globo", que a Ivete Sangalo se tornou persona non grata no Instituto de Proteção aos Animais. O presidente dessa entidade, Mauricio Esteves, ficou indignado com a cantora, pois ela garantiu, num programa de televisão:
-Se eu avistar um gato preto, em qualquer sexta-feira 13, mando matá-lo.
Ivete Sangalo, por favor, não odeie esses pobres felinos. Esta sua atitude é a conseqüência de velha superstição da Idade Média, de um tempo no qual os gatos pretos eram olhados como encarnações do diabo. Naquela época, durante a noite de São João, lançavam centenas deles nas fogueiras. Uma barbaridade oriunda da ignorância, da incurável estupidez humana.
Pessoas supersticiosas sempre ligaram o gato preto ao azar, à desgraça. E nem figuras ilustres deixaram de crer nessa história. Napoleão, pouco antes de batalha de Warterloo, travada em 18 de junho de 1815, quando foi derrotado pelos exércitos do britânico Wellington e do prussiano Blücher, viu em sonho um gato preto que corria várias vezes, de um lado para o outro. Apesar de ser corajoso, Napoleão assustou-se...
Fato interessante, nos séculos VI e XVII, na fase das grandes navegações, um gato, com a condição de que fosse inteiramente preto, trazia felicidade total aos navios. No batismo destes, a madrinha dava um gato preto à tripulação. Os marinheiros o protegiam e o felino, bem nutrido, gordo, satisfeito, não fugia. Se escapava, procuravam o bicho por toda a parte, até nos lugares distantes, pois se não o encontrassem, logo teriam uma difícil ou perigosa travessia dos oceanos.
Após ler isto, a Ivete Sangalo pode concluir que depende de nós enxergar no gato preto um animal que trás o azar ou a boa sorte. Em minha opinião, um gato preto é simplesmente um gato preto, como a escritora norte-americana Gertrude Stein (1874-1946) afirmava que uma rosa é apenas uma rosa, nada mais.
Permita-me lhe oferecer um conselho, Ivete Sangalo: ame os gatos de qualquer cor, seguindo o exemplo da francesa Du Gast. Esta senhora, na primeira década do século XX, inaugurou em Paris, no Boulevard Berthier, um confortável asilo para gatos, onde eles tinham pratos especiais, móveis adequados, camas superpostas e até um vasto campo de recreação.
Sim, Ivete Sangalo, ame os gatos, como os amava a escritora Colette, pseudônimo de Sidonie Gabrielle, que no romance “A gata” (“La chatte”), publicado em 1933, descreveu magistralmente a gata Saha.
Siga o meu conselho, Ivete Sangalo, não odeie os gatos pretos ou de qualquer cor. Ame-os como a princesa Vitória Schleswig-Holstein também os amava. Apaixonada por eles, essa princesa foi a dona de vinte e seis gatos. Construiu para os seus amiguinhos, no parque do Castelo de Windsor, antes da guerra de 1914, uma casa própria, minúscula e proporcional. O telhado e o primeiro pavimento podiam. ser retirados, como a tampa de uma caixa. Eram desmontáveis, a fim de assegurar o asseio dos compartimentos. Nome da residência: Seymour-Lodge.
Ivete Sangalo, inspire-se nos fatos aqui evocados. Pegue um gato bem preto e o beije, e o acaricie, mesmo que seja numa sexta-feira 13...