Chocou-me a agressão do imerecidamente famoso Paulo Coelho a Jesus Cristo. Entrevistado pelo jornal inglês The Guardian, esse subliterato se atreveu a defecar estas blasfêmias:
"Esqueceram-se de que Jesus foi politicamente incorreto, do início ao fim. Ele era um bon-vivant. Viajava, bebia e tinha uma intensa vida social. Seu primeiro milagre não fui a cura de um cego pobre. Ele transformou água em vinho, e não vinho em água. "
Quando li tamanha cretinice, reproduzida pela revista Veja, senti gana de amordaçar o Paulo Coelho e de obrigá-lo, após abrir sua boquinha, a engolir mijo de gambá e merda de porco. Aplicando-lhe uma chicotada na bunda bem nutrida, branca como a da ministra Marta Suplicy, eu ordenaria:
-Mostre que você é um perfeito suíno.
Para não receber no traseiro outra lambada, o Paulito Coelhito cuincharia assim:
-Cué, cué, cué, cué, cué!
Ah, se eu pudesse, com o meu escaldante sangue árabe, arremessá-lo num chiqueiro cheio de podre lama fedorenta e fazer isto! Como me sentiria bem!
O poeta Quintus Horatius Flaccus (65-8 a.C.) estava certo ao afirmar o seguinte na Epístola aos pisões:
"Quem obteve o que lhe basta, não ambiciona mais nada".
("Quod satis est cui contingit, nil amplius optet").
Corretíssimo. Penso como o protegido de Mecenas, como o mais sutil dos poetas latinos. Se eu castigasse o Paulito Coelhito dessa maneira, ficaria tão feliz, tão realizado! Talvez até daria a alma a Deus, pois Guimarães Passos (1867-1909) expressou a verdade no soneto "A vida", do livro Versos de um simples:
"Muita felicidade também mata"
Vejam as besteiras do Paulito Coelhito. Por que Jesus "foi politicamente incorreto, do início ao fim"? Por quê? Quanta estupidez! O Nazareno deveria estar a serviço do Império Romano? Submeter-se às determinações de Pôncio Pilatos? Outra burrice: dizer que o Verbo Divino era um bon-vivant, um gozador que só viajava, vivia bebendo, como os grã-finos de hoje enfiam nos seus buchos talagadas de vodca, de uísque ou de gim. Mais uma imbecilidade do Paulito Coelhito: garantir que Jesus Cristo "tinha uma intensa vida social", como se ele fosse, naquele tempo, a encarnação masculina da loura e risonha socialite Val Marchiori, sempre a exibir uma reluzente taça com champanhe.
Querendo provar, de qualquer maneira, que o Salvador agia como um cachaceiro, o literatelho do Diário de um mago relincha: "ele transformou a água em vinho, e não vinho em água". Perversidade, canalhice do Paulito Coelhito! Deturpou o primeiro milagre de Jesus, à semelhança de um linguarudo demônio caluniador. Narra a Bíblia que quando se celebravam umas bodas em Caná, na Galiléia, o Messias ali compareceu, junto dos seus discípulos. E Maria, mãe de Jesus, dirigiu-se ao filho:
-Eles não têm vinho.
O Mártir do Calvário, depois de pedir que enchessem de água seis talhas, metamorfoseou essa água em vinho. Então, durante o banquete, os convidados felicitaram os noivos, por causa do bom vinho servido...
Infâmia, o sentido desse episódio tão simples, revelador da infinita bondade de Jesus, foi de forma safada modificado pelo Paulito Coelhito. Este quis provar, desvirtuando a narrativa bíblica, que o Redentor era um beberrão! Autêntica baixeza!
Sustento, é disparate de grosso calibre o jornal inglês The Guardian ter publicado as idiotices desse homem digno de figurar nos dicionários de asneiras, nos bestialógicos.
Ancelmo Gois, na sua coluna de O Globo (edição de 23-1-2013) informou que o Paulo Coelho ia pronunciar uma conferência na Catedral de Milão. O achincalhador de Jesus Cristo sendo prestigiado pela Igreja Católica! Já viram um contra-senso de tal envergadura?
Na reportagem "O arco e a flecha giratório" (o correto é giratórios), publicada na revista Época (edição de 7-4-2014), o jornalista Luís Antônio Giron salienta que em Genebra, na Suíça, num apartamento duplex de 700 metros quadrados, o Paulito Coelhito, no fim da tarde, interrompe o que estiver fazendo, a fim de rezar em silêncio. Eu pergunto: rezar para quem? Um homem que desrespeita Jesus, que o achincalha, que o vê como um bêbado, um bon-vivant, uma criatura mundana, entregue a "uma intensa vida social", um homem assim somente pode rezar para um sujeito horroroso, possuidor destes vários nomes: Beiçudo, Belzebu, Bode Preto, Bruxo do Inferno, Capeta, Coisa Ruim, Lúcifer, Maligno, Mefistófeles, Não-sei-que-diga, Pé de Cabra, Príncipe das Trevas, Porco Sujo, Satanás, Serpente Maldita, etc, etc.
Explodi em gargalhadas, após ler na revista Contigo (edição de 27-3-2014) a reportagem de Nelson Liano Jr. sobre as orações de Paulo Coelho e dos seus amigos a São José, numa festa realizada no Hotel Fortaleza do Guincho, em Cascais, Portugal. Ri sem parar, por saber, devido a essa reportagem, que São José, esposo da Virgem Maria, tornou-se o santo padroeiro do Paulito Coelhito.
Amigo leitor, responda-me: se o Paulito não respeita Jesus Cristo, ele é capaz de respeitar o seu pai terreno, São José?
Em novembro de 2012, o Paulito sofreu duas obstruções nas artérias coronárias. Um médico bruto o examinou e lhe disse que teria apenas dois dias de vida, mas a implantação de dois stents no seu coração impediu a visita da senhora de olhos gelados, munida de uma foice.
Cuidado, Paulito, cuidado! Pare de ofender Jesus Cristo! Se continuar a difamá-lo, o diabo vai raciocinar deste modo: vou jogar no Inferno esse blasfemador, causando-lhe um ataque cardíaco, pois ele me adora, cumpre fielmente as minhas ordens.