Paulo Francis era o pior jornalista do
Brasil. Além de achincalhar a honra das pessoas e de escrever mal como o Diogo
Mainardi, esse apedeuta agia à maneira de um flibusteiro da nossa imprensa,
pois se apoderava, plagiário contumaz, das frases de Lênin, Dostoiewski, John
Donne, Oscar Wilde, Shakespeare, De Gaulle, Albert Einstein, Winston Churchill,
James Baldwin, La Rochefoucauld, Machado de Assis, Sérgio Porto, Roberto
Campos, etc, etc.
Centenas de informações falsas ou
suspeitas aparecem nos seus textos caóticos, ao lado de erros fedentinosos no
campo da gramática, da literatura, da sociologia, da história, das artes
plásticas.
E os ataques soezes do desletrado Paulo Francis? Vejam o que ele escreveu sobre
o jornalista Caio Túlio Costa, em novembro de 1989: “... alcaguete... canalha
menor". Tarso de Castro, outro jornalista, é assim difamado pelo
energúmeno em 23 de maio de 1991, logo após a sua morte: "...era um
moleque, um patife, um celerado."
Vou exibir algumas anencefalias
linguísticas do Francis. Esclareço, a anencefalia é a monstruosidade onde há
falta da abóbada craniana e os hemisférios cerebrais ou não existem, ou se
apresentam como pequenas aderências. Admirem estas frases anencefálicas do
referido escorpião defunto, extraídas do seu livro Trinta anos esta noite, publicado em 1994 pela Companhia das
Letras:
"...assunto que me entedia às
lágrimas" (página 27).
"Eu respondi que a mulher
essa..." (página 48).
“...aqui nos EUA sou defrontado por
gente...” (página 53).
“...surrou à morte um jornalista
Nestor...” (página 140).
“Essa sensação... já me vinha garoto”
(página 181).
“...temíamos ao pânico a implantação de
uma ditadura Carlos Lacerda..." (página 187).
Frases abstrusas, desconexas,
multiplicam-se nos textos do venenoso artrópode defunto. Diversas vezes, numa
frase, ele colocava objeto direto, embora o verbo exigisse objeto indireto. Não
sabia separar o verbo do sujeito, como acontece agora com o apedeuta Diogo
Mainardi.
Depois de ler o meu livro Vida e obra
do plagiário Paulo Francis – O mergulho da ignorância no poço da estupidez,
lançado pela Geração Editorial, onde mostro tudo isto, a jornalista Irene
Solano Vianna, ex-editora da Folha S.
Paulo, enfatizou num artigo:
“O senhor Paulo Francis escrevia mal,
plagiava sobretudo citações e ideias, errava feio nas ostentações de sua
pseudo-cultura. E o mais grave de todos os pecados: não tinha compromisso algum
com a exatidão dos fatos, ou respeito pela honra e dignidade alheias."
Irene Solano Vianna dirige um escritório de
comunicação. Ela pertence à diretoria-executiva da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação (FDE). No meu entender, prezada colega, o Francis
era um sofomaniaco. A sofomania, amigo leitor, é a mania do ignorante querer
passar por sábio. Mas o Francis nunca pôde eliminar o seu apedeutismo, pois
como foi publicado no número 2337 do Fliegende Blätter, “é mais fácil
dez sábios ocultarem a sua sabedoria do que um ignorante esconder a sua
ignorância" (“Zehn Gelehrte künnen cher ihr Wissen geheimhalten als ein
Ignorant seine Unwissenheit”).
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Escritor
e jornalista, Fernando Jorge é autor do livro Se não fosse o Brasil, jamais Barack Obama teria nascido, lançado
pela Editora Novo Século