Na
oitava edição do meu livro Pena de
morte: sim ou não? Os crimes hediondos e a pena capital, que logo será
lançada pela editora Novo Século, eu descrevo os crimes da freira Cecil e
Bombeek (irmã Godofreda). Esta mulher, na década de 1970, exercia as funções de
enfermeira-chefe do hospital belga de Wetteren e matou mais de trinta idosos,
segundo o depoimento do doutor Jean-Paul Decorte, médico daquele nosocômio. Por
que Cecile os liquidava? Apenas para alcançar dois objetivos: roubar o dinheiro
dos velhos e assim poder comprar drogas, cocaína.
Eis
o método da monstruosa enfermeira: metia insulina nas veias dos anciãos, acima
das doses normais, ou os sufocava, despejando sucessivos goles de água pelas
suas gargantas.
No
ano de 2006, o enfermeiro inglês Benjamin Geen foi condenado por dois
homicídios e quinze lesões corporais. Sempre muito calmo, a sorrir, num
hospital de Oxfordshire, ele se especializou no processo de injetar doses
letais de morfina nos pacientes...
Outro
britânico, o enfermeiro Collin Norris, em 2008, extinguiu a vida de quatro
mulheres idosas, aplicando nas suas artérias grande quantidade de insulina.
Ainda
no mesmo ano de 2008, a enfermeira americana Maria Kelly Whitt, assassinou num
hospital do Kentucky, com dose cavalar de morfina, um nonagenário, veterano da
Segunda Guerra Mundial.
Não
pense, amigo leitor, que só os enfermeiros e as enfermeiras estrangeiros se
dedicam à arte de produzir defuntos. Aqui no Brasil existem criminosos desse
tipo.
Edson
Isidoro Guimarães, auxiliar de enfermagem, confessou em 1999 ter assassinado
cinco pessoas num hospital do Rio de Janeiro, mas a polícia carioca acredita
que ele enviou mais de 150 doentes para a morte, recorrendo ao cloreto de
potássio ou desligando os aparelhos de fornecimento de oxigênio...
Wanessa
Pedroso Cordeiro, técnica em enfermagem, quis matar onze recém-nascidos num
hospital do Rio Grande do Sul. Declarou o delegado Guilherme Pacífico, da
cidade de Canoas: ela sedava os bebês com doses elevadas de morfina e de
tranquilizantes. As investigações constataram que entre os dias 5 e 13 de
novembro de 2009, os onze recém-nascidos, sob os “carinhosos cuidados” de
Wanessa, apresentaram, além da cor arroxeadas nas faces, sinais de asfixia, uma
sonolência profunda, diminuição da frequência cardíaca, e até parada
respiratória, como no caso do bebê da senhora Adeline Rocha.
Concluo este
bate-papo aconselhando os meus caros leitores a serem bem cautelosos, na
escolha de enfermeiros e enfermeiras. Excesso de desconfiança é burrice, mas
falta de desconfiança também é às vezes boas referências não valem nada. É
claro, não devemos condenar uma classe por causa de certos maus elementos,
porém olho vivo, principalmente quando se trata de contratar alguém para cuidar
de bebês, de deficientes físicos ou mentais, de pessoas idosas. Olho vivo,
amigo leitor, olho vivo, lembre-se de que estamos num mundo imundo, repleto de
traições, de armadilhas!
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Escritor e
jornalista, Fernando Jorge é autor do livro Se não fosse o Brasil, jamais Barack Obama teria nascido, cuja 3ª
edição foi lançada pela Editora Novo Século
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