quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

A CORRUPTITE, DOENÇA CRÔNICA E ANTIGA DO BRASIL

É uma doença antiga do Brasil a corruptite, mas ela não prejudica os que carregam o seu vírus no sangue. Só causa danos ao povo, à massa sofrida dos trabalhadores mal remunerados, a uma gente pobre e injustiçada.
Doença crônica da nossa pátria amada, salve, salve, a corrupti-te levou um grande orador, o padre Antônio Vieira, a soltar estas afirmativas, perguntas e respostas num sermão pronunciado em 1665:
“Perde-se o Brasil (digâmo-lo em uma palavra) porque alguns ministros de Sua Majestade não vêm cá buscar nosso bem, vem cá buscar nossos bens... EI-Rei manda-os tomar Pernambuco e eles contentam-se com o tomar... Toma nesta terra o ministro da Justiça? Sim, toma. Toma, o ministro da Fazenda? Sim, toma... Toma o ministro da República? Sim, toma. Toma o ministro do Estado? Sim, toma..."
Autoridades do rei dom José I, na época do Brasil Colonial, exibiam as suas gananciosas unhas aduncas até na palma da mão, e os outros figurões também, como os contratadores de diamantes. Esses contratadores arrendavam do Estado as jazidas. João Fernandes de Oliveira, um deles, apaixonou-se pela negra Xica da Silva e tinha palácios, templos, edifícios opulentos, minas de ouro. Uma riqueza oriunda das infrações que ele cometia contra o erário do reino. Sabendo disso, o marquês de Pombal o obrigou a pagar, ao Estado português, a imensa quantia de 11 milhões de cruzados.
Fiscais e meirinhos se locupletavam às custas de safadezas, mormente na barroca Minas Gerais do século XVIII.
Se Brasil Colonial já era um país de corruptos, o Brasil Império não ficou atrás, também foi uma Corruptolândia.
Narra Moreira de Azevedo no seu livro “Mosaico brasileiro” (Editora Garnier, Rio de Janeiro, 1869, página 135), que tendo ocorrido um roubo no Tesouro Público do Império, uma pessoa transmitiu esta notícia ao marquês de Maricá. O assalto, observou o informante, havia sido praticado “por uns miseráveis”. Indignado, o marquês de Maricá respondeu:
- Miseráveis! Miseráveis! Ah, meu caro amigo, o roubo de milhões enobrece os ladrões.
De fato, em larga escala, a desonestidade no Brasil dava foros de nobreza. Filosofando, o povo dizia:
“Quem rouba um tostão é ladrão. Quem rouba um milhão é barão.”
Cínicos e audaciosos, os corruptos se multiplicavam nas épocas de dom Pedro I e de dom Pedro II. E os monarquistas não me venham com essa história de que nos reinados de ambos só se via, em toda parte, a decência, a honradez, a probidade administrativa. O britânico Henry Coster, autor do livro “Travels in Brazil”, publicado em Londres no ano de 1816, afirmou o seguinte nessa obra: aqui, no tempo de dom Pedro I, eram comuns o peculato, a corrupção, vários delitos, porém os autores desses crimes escapavam da Justiça. Van Halle, outro europeu, ficou escandalizado em 1881, quando soube que o governo de dom Pedro II reintegrara no serviço público alguns agentes de polícia exonerados por desonestidade.
Após a queda do Império em 1889, os corruptos da República substituiram em numerosos postos os corruptos do regime monárquico. Ratos ocuparam os lugares de outros ratos. Eles, como os da mesma espécie do Segundo Reinado, passaram a navegar calmamente nas águas mansas da Corruptolândia. Ao ver essa afrontosa tranqüilidade da rataria, o austero barão de Lucena, ministro da Fazenda, escreveu estas palavras numa carta enviada no dia 4 de novembro de 1891 ao seu amigo Cesário Alvim, governador de Minas:
“...em nosso Brasil não há falta de homens inteligentes e ilustrados; a falta que há é de homens de caráter e patriotas!”

domingo, 21 de dezembro de 2008

Difamar Jesus e a mais imunda das baixezas

Com todos os meus defeitos, com todos os meus pecados, sempre tive e tenho um amor forte por Jesus Cristo. Acredito firmemente no Filho de Deus Humanado. Ele, para mim, nunca deixou ser o Verbo Divino, a Verdade Eterna, o Príncipe da Paz, a Imorredoura Luz Celestial, o Alto Pastor do Universal Rebanho, o Piedoso, o Amoroso, o Vitorioso, o Guia, a Esperança, a Salvação. Todas as vezes, quando abro a Bíblia e volto a ler os episódios da sua vida, eu me emociono muito. Ninguém se compara a Cristo, ninguém. E causam-me nojo, ânsia de vomito, desprezo imenso, os que o atacam e o ridicularizam. Difamar Jesus, como fez Dan Brown no livro O Código Da Vinci, é a suprema infâmia, a mais imunda das baixezas.
Sou bem grato ao Rabino da Galiléia. Quantas vezes ele me ajudou! Obrigado ò Redentor boníssimo, generosíssimo! Lembro-me de que certo dia um editor ateu me propôs:
-Fernando, pretendo lhe dar uma grande soma de dinheiro, se você escrever um livro contra Jesus Cristo.
Reagi indignado:
-Como se atreve a propor isto? Em hipótese alguma aceitaria esta oferta, nem que você me entregue um cofre enorme, repleto de pérolas, diamantes e moedas de ouro! Jamais!
O editor respondeu:
-Admiro o seu procedimento. Perdoe-me, não insistirei.
Esse editor era meu amigo e já desencarnou. Deus ilumine a sua alma.
Conta velha lenda oriental que várias pessoas se ajuntavam em redor de um cão morto, no mercado de populosa cidade da Síria. Ali, num canto, ele tinha no magro pescoço a corda suja com a qual o haviam arrastado pelo chão. Uma daquelas pessoas, tampando o nariz, soltou este comentário:
-Ele cheira mal, deve estar podre!
Logo um comerciante exibiu a sua repulsa:
-A pele rasgada deste bicho horrível e fedorento não serve nem para se transformar na correia de uma sandália.
Outro fulano declarou:
-Sem dúvida a corda do seu pescoço é a prova de que era um cachorro ladrão. Mereceu ser enforcado!
Depois de ouvir tais comentários, aproximou-se do grupo um homem de rosto sereno, em cujo meigo olhar uma estranha luz resplandecia. O desconhecido se inclinou na frente do animal e proferiu estas palavras:
-As pérolas mais lindas não têm a alvura dos seus dentes.
Surpresos, todos se entreolharam, e cabisbaixos, sob o domínio da vergonha, começaram a ir embora, mas um deles arriscou-se a dizer:
-Este homem deve ser Jesus de Nazaré, pois só ele e capaz de ver a pura beleza no corpo xingado, humilhado e maltratado de um mísero cão morto.
É mesmo, só Jesus possui o dom de ver o que nos não vemos, de descobrir uma flor viçosa e recendente num imundo pântano estagnado.
Apenas Jesus acolhe a todos, não discrimina, não separa o homem preto do homem branco, o enfermo do sadio, o opulento do pobre, o infeliz do venturoso, conforme mostra este magnífico soneto do livro Porta do Céu, escrito pelo meu pai, Salomão Jorge:

“Água da fonte, rico pão da vida,
Videira santa que floriu no prado,
Só tu podes curar qualquer ferida,
E a lágrima enxugar do desgraçado!

Toda a existência que tombou vencida
Encontra em Ti o lar ambicionado,
E o que geme na dor incompreendida
Será por Ti ouvido e consolado.

Ó Lírio de ouro das vergéis amenos,
De olhos doces, nostálgicos, profundos,
Teu coração é a pátria dos pequenos!

Ó Lâmpada do cego, sempre acesa,
Mendigos, párias, órfãos, vagabundos,
Sentam-se, hóspedes de honra, à Tua mesa!"

Hoje, eu lamento, livros, revistas e jornais se empenham na porca tarefa de enxovalhar Jesus. Querem crucificá-lo pela segunda vez

domingo, 14 de dezembro de 2008

Cinco provas históricas da passagem de Jesus por este mundo

Eu li, no número 450 da revista Época, as seguintes linhas de Hildeberto Aquino:
“Jesus é a maior ilusão da humanidade, à custa da qual oportunistas se locupletam. De sua efetiva existência, não há uma só prova cabal, científica, irrefutável. Tudo se resume a intencionais conjecturas com o propósito de iludir e oprimir os incautos e deles sugar até a última gota de consciência... e de dinheiro”.
Para o Hildeberto Aquino, portanto, Jesus é uma criação dos vigaristas. Um personagem inventado por alguém que apenas quis causar a alienação de todos nós e arrancar dinheiro dos crédulos, dos ingênuos, dos trouxas... Hildeberto pertence à família dos “Novos Ateus”, da qual fazem parte o filósofo americano Daniel Dennet e o zoólogo britânico Richard Dawkins. Ambos, em 2006, lançaram manifestos dedicados a contestar a existência de Deus.
Agora vamos revelar como de fato Jesus Cristo existiu (e ainda existe), desmentindo a afirmativa do materialista Hildeberto Aquino.
Prova histórica número 1. A bela Bíblia sagrada. Ela não é apenas um livro religioso, é também um magnífico livro histórico. Tudo que apresenta sobre Jesus Cristo, a Palestina, o Egito, a Assíria, o Império Romano, as regiões do Oriente, os seus reis, os seus profetas, os apóstolos, tudo tem o cunho da verdade.
Prova histórica número 2. O texto do historiador judeu Flávio Josefo, da época de Cristo. Ele evocou a incomparável figura deste no capítulo terceiro do volume XVIII da obra Antiguidades judaicas. Reproduzo aqui o seu texto:
“Entretanto existia, naquele tempo, um certo Jesus, homem sábio... Era fazedor de milagres... ensinava de tal maneira que os homens o escutavam com prazer... Era o Cristo, e quando Pilatos o condenou a ser crucificado, esses que o amavam não o abandonaram e ele lhes apareceu no terceiro dia...”
Como estamos vendo, o historiador Flávio Josefo mencionou, inclusive, a ressurreição do Verbo Divino!
Prova histórica número 3. O texto de Públio Cornélio Tácito, um dos maiores historiadores da Antiguidade (56-57 AC), na parte XV dos seus Anais:
“Nero infligiu as torturas mais refinadas a esses homens que sob o nome comum de cristãos, eram já marcados pela mais merecida das infâmias. O nome deles se originava de Cristo, que sob o reinado de Tibério, havia sofrido a pena de morte por um decreto do procurador Pôncio Pilatos”.
Comentário do grande historiador inglês Edward Gibbon (1737-1794) sobre esta evocação do autor de Dialogus de oratoribus:
“A crítica mais cética deve respeitar a verdade desse fato extraordinário e a integridade desse tão famoso texto de Tácito.”
Prova histórica número 4. A carta do procônsul Plínio, o Jovem (62-114, após JC), enviada ao imperador Trajano. Eis dos trechos da carta:
“...maldizer Cristo, um verdadeiro cristão não o fará jamais... cantam (os cristãos) hinos a Cristo, como a um Deus...”
Prova histórica numero 5. Um trecho do capitulo XXV do livro quinto da obra Vitae duodecim Caesarum (Os doze césares), escrita pelo historiador romano Suetônio (cerca de 70-130 d.C.). Nesse trecho do capítulo no qual evoca o imperador Tibério, ele assim menciona o Nazareno:
“Expulsou de Roma os judeus, que instigados por um tal Chrestus (Cristo), provocavam freqüentes tumultos.”
Estas cinco provas históricas, citadas por nós, destroem totalmente a infeliz declaração de Hildebrando Aquino, que garantiu que “não há uma só prova cabal, científica, irrefutável”, da passagem de Jesus por este mundo. Hildeberto, você tem autoridade para invalidar as informações da Bíblia, os textos dos historiadores Flávio Josefo, Suetônio e Cornélio Tácito, do procônsul Plínio, o Jovem? Você despreza a opinião do insigne historiador inglês Edward Gibbon sobre o escrito de Tácito, onde este se refere a Jesus Cristo?
Por favor, Hildeberto, leia mais, estude mais, adquira mais conhecimentos. Não desrespeite a nossa fé com afirmativas absurdas, insensatas, nascidas de uma profunda carência de cultura.