Artigos de Fernando Jorge
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Os nomes Marco, Cristiane, Lucinéia, Renato, Samuel, Caio, Thaís, Sônia e Fernando
domingo, 4 de abril de 2021
Amy foi comprar fraldinhas para o bebê de Amber
H. G. Wells (Imagem: Getty Images) |
O sucesso do meu romance autobiográfico Eu amo os dois, lançado pela editora Novo Século, não para de me trazer à memória um amigo querido: Ronaldo Côrtes. Foi ele que me incentivou a escrevê-lo, como já informei, pois não me achava muito disposto a produzir essa obra. Mas ele, Ronaldo, insistia:
– Escreva, Fernandinho, escreve!
Assim dizia o meu nome, frequentes vezes, e ao recordar isto os meus olhos ficam umedecidos. Conforme já acentuei, Ronaldo Côrtes me preveniu, diversas vezes:
– O seu romance provocará o recebimento de dezenas de perguntas a você, das mulheres que vão lê-lo.
Pura verdade. As cartas, os e-mails e até telefonemas afluem a mim, como se fosse um guru ou conselheiro especializado nos complexos sentimentos humanos... Numa carta oriunda de Porto Alegre, li as seguintes palavras:
“O senhor, no seu romance autobiográfico Eu amo os dois, na pele do personagem Rodrigo, conta que largou a sua namorada Elza, depois da jovem confessar o seu amor duplo pela sua pessoa e também pelo primo dela. Gostaria de saber se a esposa de um escritor famoso aceitou que ele amasse outra mulher. Poderá me informar?”
Respondo, sim, posso. Esse escritor famoso se chamava H. G. Wells (1866-1946). Era inglês e escreveu cerca de cem livros. Tornou-se um precursor da ficção cientifica, por causa da publicação dos romances A máquina do tempo, O homem invisível e A guerra dos mundos.
H. G. Wells ficou casado, durante 32 anos, com a sua segunda esposa, Amy Catherine Robbins, até ela falecer em 1927. Tiveram dois filhos. Aos 42 anos, Wells engravidou Amber Reeves, moça de 22 anos. E Amy, a esposa do escritor, aceitou o adultério do marido, não reagiu, não se mostrou revoltada. Quando o bebezinho de Amber nasceu, Amy foi comprar fraldinhas para ele. A sociedade inglesa sentiu-se chocada.
Eis aí, prezada leitora do meu romance autobiográfico o caso de uma esposa de escritor célebre que aceitou o adultério do marido. Pergunto: H. G. Wells era tão imoral como Amy? Os dois achavam que sexo é uma coisa e amor é outra?
Formulo mais uma pergunta: a mulher supera o homem nas manifestações da sexualidade? Não acredito. Alexandre Dumas, por exemplo, o célebre romancista de Os três mosqueteiros, teve dezenas de filhos de dezenas de mulheres, cerca de 200, alguém garantiu. Portanto foi duplamente prolifico, tanto na literatura como no sexo...
Texto publicado em www.jbajornais.com.br
quinta-feira, 18 de março de 2021
Jô Soares foi vítima de grande injustiça
A minha paixão pela Verdade me impeliu a escrever um livro que, segundo o Alberto Dines, matou o Paulo Francis. Sou pai de um livro assassino, lançado pela Geração Editorial, com milhares de exemplares vendidos. Eis o título do livro: Vida e obra do plagiário Paulo Francis – O mergulho da ignorância no poço da estupidez.
Provei nesse livro, documentalmente, que o Francis era racista, odiava os negros e as mulheres. Reproduzi e comentei as suas calúnias, as suas infâmias, assacadas contra a Tônia Carrero, a Marta Suplicy, a Cacilda Becker, a Doroteia Werneck, a Ruth Escobar. Só isto? Não, também provei, Paulo Francis foi plagiário, ladrão literário, apoderava-se de frases de poetas e escritores, e as publicava como sendo de sua autoria. Este meu livro assassino já existe há mais de vinte anos. Até hoje continuo a esperar que me processem por calúnia, difamação. Por favor, queridos inimigos, tratem de me processar, metam-me na cadeia!
Agora vou denunciar uma grande injustiça. É a da TV Globo em relação ao Jô Soares. Nunca essa emissora devia ter feito o que fez com o Jô. Que injustiça, que perversidade! Ação absurda.
Jô Soares é um grande comunicador. O seu programa, na TV Globo, era excelente, prendia a atenção do telespectador, do começo até o fim. Ele fazia perguntas inteligentes e mostrava-se espirituoso.
Primeiro, a fim de o enfraquecer, a TV Globo tirou uma hora do seu programa. Resolveu fazer isto sem lógica, pura injustiça.
Terminado o contrato do programa, ofereceram ao Jô outro horário, sem a força do horário em que o seu programa era apresentado. Jô Soares não aceitou.
Por que agiram assim? O Jô Soares era insubstituível. Nenhum comunicador de televisão, no Brasil, possui a sua força, a sua cultura, o seu carisma.
Levanto uma hipótese. Afastaram o Jô pelo motivo de acharem que ele está velho. Ora, se foi por esta razão, aconselho os responsáveis pela TV Globo a eliminar a própria TV Globo, por ela não ser jovem. Eliminá-la com tudo que possui, com os seus estúdios, as suas câmeras, os seus documentários e as suas telenovelas, cuidadosamente arquivados. Quase tudo isto não é novo, como um bebê recém-nascido.
Se os mandões da TV Globo desprezam os idosos, tudo que é velho, eu os aconselho a andarem descalços e nus, mesmo durante o mais rigoroso inverno, porque sapatos e roupas são coisas muito antigas, com séculos e século de existência...
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Cale a Boca, Jornalista!”, cuja a sétima edição foi lançada pela Editora Novo Século.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
O grande prejuízo que Dória está dando aos aposentados
Dezenas de meus amigos disseram a mim:
– Fernando, a minha aposentadoria diminui cada vez mais, por causa do desconto alto do imposto. Até parece que vai sumir.
Outro amigo se expandiu assim:
– A minha aposentadoria, como não para de encolher, está virando uma anã.
A iniciativa de Doria foi um erro sob todos os aspectos, um apagão na sua inteligência. Digo e repito, não havia necessidade de sua excelência, o rico governador do estado mais rico do Brasil fazer isto. Por que aumentar o imposto dos que trabalharam anos a fio, e mesmo na condição de aposentados, já sofrem outros descontos? Por quê? Esse aumento do imposto dos aposentados fez o estado de São Paulo ficar nadando numa piscina de ouro líquido?
Antes de ser eleito prefeito da capital paulista, Doria prometeu cumprir o seu mandato até o fim. Não cumpriu, só governou a capital como prefeito durante treze meses. Na campanha eleitoral para se eleger governador, prometeu ser justo. Não cumpriu a palavra, como não cumpriu na época em que se candidatou a prefeito, pois foi injusto com os aposentados...
Enorme, muito grande, o erro político de Doria, ao conseguir aumentar o imposto dos aposentados, pois milhões deles vão aconselhar aos membros de sus famílias, se Doria se candidatar à presidência da República:
– Vocês acham que devem votar nesse homem que me prejudicou, que me empobrece cada vez mais?
Resultado: milhões de familiares dos aposentados, eu acredito, deixarão de votar no Doria e por causa disso talvez não alcançará a presidência da República. Quando se arrepender do erro cometido, só lhe restará, imagino, pegar um lencinho de seda japonesa, todo enfeitado de florzinhas azuis, e enxugar com ele as suas quentes e abundantes lágrimas de arrependimento...
sábado, 24 de outubro de 2020
Marta Suplicy não gostou de mim...
É verdade, amigo leitor, a Marta Suplicy não gostou de mim. Vou explicar o motivo. Quando ela foi candidata a prefeita de São Paulo pela segunda vez, a produção do programa “Resumo da Ópera”, dirigido pelo excelente comunicador Fernando Mauro e apresentado todas as sextas-feiras pela TV Aberta, Canal 9, das sete às oito da noite, convidou-me para ser um dos seus entrevistadores. Aceitei o convite.
Além de minha pessoa, mais três jornalistas compareceram, a fim de formular perguntas à candidata. Programa ao vivo, com grande audiência. Fernando Mauro é um comunicador nato, muito simpático, inteligente. Ele sabe conduzir o “Resumo da Ópera” de maneira firme, imparcial, e prender a atenção dos telespectadores.
Marta Suplicy se sentou a pouca distância do mediador. Ela estava vestida de forma discreta, mas notei que os seus pés, calçados com sandálias brancas, achavam-se empoeirados, não vou dizer sujos. Ao ver o meu olhar fixo nos seus alvos pés, ela os escondeu. Decerto, na sua campanha eleitoral, frequentava os bairros da periferia, andando por ruas sem calçamento. Não era falta de higiene...
Os meus companheiros, no programa, lançavam as perguntas e Marta Suplicy respondia, desembaraçada. Tendo chegado a minha vez, o Fernando Mauro avisou-a, em tom de brincadeira:
-Cuidado com ele, o Fernando Jorge é especializado em pegadinhas.
Tranquilo, soltei estas palavras:
-Senhora Marta Suplicy, a senhora é candidata a prefeita da cidade de São Paulo e não ignora que quem concorre a um cargo público, como é o seu caso, deve sempre falar a verdade. Então, por favor, diga-me em qual fonte se baseou para declarar que hoje, em todo o Brasil, não existe uma só família onde alguém não esteja separado, ou o pai de um filho, ou a esposa de um marido, ou um irmão de um irmão, etc. A sua afirmativa foi publicada pela revista Veja – São Paulo, há duas semanas.
Algo nervosa, Marta Suplicy respondeu:
-Ah, meu Deus, nem é preciso citar nenhuma pesquisa! Isto é do conhecimento geral! Todo mundo sabe!
Repliquei, de modo sereno:
-Desculpe-me, mas se não citar a fonte na qual se baseou para declarar que hoje, em todo o Brasil, de sul a norte, de leste a oeste, não existe uma única família onde alguém não esteja separado, então a senhora generalizou, a sua afirmação não corresponde à verdade.
Marta Suplicy fitou-me com os seus olhos em chamas e a resposta veio rápida:
-Ah, meu Deus, o senhor é teimoso! Repito, isto é do conhecimento geral!
Voltei à carga:
-Senhora Marta Suplicy, sou amigo de mais de quarenta famílias e em nenhuma delas alguém está separado. Desculpe-me, a senhora generalizou.
Atrás da candidata, o meu caro amigo Fernando Mauro juntou as palmas das mãos, como que implorando para eu me conter.
Um companheiro do programa fez a ela a seguinte pergunta:
-A senhora tem mais alguma ambição política, além desta, de ser eleita prefeita de São Paulo?
Resposta da candidata:
-Não, não tenho mais nenhuma outra ambição política. Só quero ser eleita prefeita de São Paulo para ajudar esse povo sofrido, martirizado, que vive penando nos pontos de ônibus. Prometeram a esse povo querido mais de dez corredores de ônibus e até agora não lhe deram nenhum. Eu prometo, vou dar a ele mais linhas de ônibus e corredores novos.
Interrompi as palavras da candidata:
-A senhora me desculpe, mas está havendo aí uma incoerência, um paradoxo.
Com os olhos novamente em chamas, Marta Suplicy interrogou:
-Como assim? Que incoerência?
-A senhora tem mais uma ambição política, além desta de ser eleita prefeita de São Paulo.
-Não compreendo!
-A senhora, há pouco tempo, concedeu uma entrevista ao jornal O Globo do Rio de Janeiro e assegurou, nessa entrevista, que vai ser no Brasil a primeira mulher a se tornar presidente da República. Portanto a senhora alimenta uma ambição política ainda maior.
Procurando manter-se calma, Marta Suplicy me contestou:
-Ah, meu Deus, o senhor implicou comigo, resolveu pegar no meu pé!
Tive vontade de lhe dizer:
-Não quero pegar no seu pé, porque ele está muito empoeirado.
Ela começou a explicar:
-Eu disse de fato que ia ser a primeira mulher a se tornar presidente da República no Brasil, porém em outra circunstância, pois agora estou apoiando, com o Lula, a candidatura da minha amiga Dilma Rousseff.
Respondi, sempre calmo:
-Perdoe-me, o nome da Dilma já havia sido divulgado, quando a senhora afirmou que ia ser a primeira mulher no Brasil a alcançar a presidência da República. Posso provar isto, guardo no meu arquivo a sua entrevista, com a respectiva data.
Um pouco exaltada, Marta Suplicy não se conteve:
-É, não há dúvida, o senhor resolveu implicar comigo!
Tratei logo de responder:
-Em absoluto! Não tenho nada pessoalmente contra sua pessoa. E tanto é verdade, que eu já a defendi!
-O senhor me defendeu?
-Defendi-a na página 98 do meu livro Vida e obra do plagiário Paulo Francis, publicado pela Geração Editorial, pois ele, o Francis, desrespeitou a senhora num texto aparecido em novembro de 1992 no jornal O Estado de S.Paulo. Texto repleto de sentido erótico.
-Eu não soube disso.
-Vou enviar-lhe o meu livro contra o Paulo Francis, onde a defendo. E também a defendi num artigo publicado em agosto de 2005 na revista IMPRENSA, pois o jornalista Marcelo Coelho chamou-a de perua na revista Veja. Ora, segundo o dicionário Aurélio, um dos significados do substantivo perua no sentido chulo é meretriz. Critiquei o Marcelo, salientando que nunca é elegante chamar uma senhora de perua, porque esta palavra se aplica a uma prostituta ou a uma mulher de aparência e comportamento exagerados.
E conclui, como quem encerra uma premissa:
-Assim sendo, é fácil deduzir que venho agindo, em relação à senhora, com inegável imparcialidade.
Após o fim do programa, um pouco mais amistosa e sorrindo de leve, Marta Suplicy me disse:
-Sabe de uma coisa? Eu devia lhe dar um puxãozinho de orelha....
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Pare de errar, minha senhora
A historiadora mineira Guiomar de Grammont, no livro Aleijadinho e o aeroplano, lançado pela Civilização Brasileira, afirma que o seu conterrâneo Antônio Francisco Lisboa, conhecido pelo apelido de Aleijadinho, nunca existiu, é uma ficção inventada pelo historiador Rodrigo José Ferreira Bretas.
No entender da desconfiadíssima senhora Grammont, as obras do nosso genial escultor são uma “criação coletiva”. Antes de exibir o seu erro primário e fatal, que destrói completamente a sua afirmativa, vamos apresentar três erros graves que ela cometeu.
Primeiro erro grave da senhora Guiomar de Grammont. Sem nenhuma prova, denegriu a memória de Rodrigo Ferreira Bretas, o primeiro biógrafo do Aleijadinho, pois sustenta que ele o “inventou”. Ora, Bretas era um homem honrado. Conforme informo no meu livro sobre o Aleijadinho, já na sétima edição, ele veio à luz em Cachoeira do Campo, no ano de 1814, e faleceu em 1866. Advogou na localidade de Bonfim do Paraopeba, onde fundou e dirigiu um colégio. De 1852 a 1861, em quatro legislaturas, foi atuante deputado à Assembleia Provincial. Também exerceu o cargo de secretário do governo mineiro e lecionou filosofia em Barbacena. Além de ter sido diretor do Ensino Público de Minas Gerais e sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ele dirigiu o Colégio de Congonhas do Campo. Alguns dos seus discursos, pronunciados na Assembleia Provincial, foram reunidos num opúsculo, hoje bastante raro. Em 1861, o governo mineiro o designou para representá-lo na instalação da vila de São Paulo de Muriaé, fato que revela como era bem respeitado e gozava de prestígio.
A desconfiadíssima senhora Guiomar, sem nenhuma prova, mostra Rodrigo Bretas como um vigarista, um “especialista em retórica”. Chega ao cúmulo de dizer, também sem nenhuma prova, que ele “inventou” um pai para o Aleijadinho, o arquiteto português Manuel Francisco Lisboa. E ainda sem nenhuma prova, garante que Bretas “incorporou” dados da vida de Miguel Ângelo à vida do Aleijadinho. Mas o historiador mineiro apenas coloca diante de nós algumas semelhanças entre o artista brasileiro e o artista italiano, mais nada...
Segundo erro grave da senhora Guiomar de Grammont. Ela despreza os depoimentos dos viajantes estrangeiros que estiveram em Minas Gerais no século XVIII, como o francês Saint-Hilaire e o inglês Sir Richard Burton, Tais depoimentos provam que o Aleijadinho existiu realmente. Os dois fazem referência à sua deformidade. Aliás, três anos antes da morte do Aleijadinho, o barão Guilherme de Eschwege visitou Minas em 1811 e depois escreveu no seu Journal von Brasilien:
“O principal escultor que aqui se salientou era um homem aleijado, com as mãos paralíticas.”
Terceiro erro grave da senhora Guiomar de Grammont. Não há nenhuma prova de que o Estado Novo de Getúlio Vargas, instituído em 10 de novembro de 1937, criou o “mito Aleijadinho”, para ele adquirir a imagem de “herói nacional”. Este herói já existia: é Tiradentes. A tese da senhora Guiomar é tão ilógica, tão absurda, tão desprovida de fundamento como a da senhora Isolde Helena Brans Venturelli, que em 1979 quis provar, a todo custo, que os doze profetas esculpidos em pedra sabão pelo Aleijadinho, no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, representam os vultos da Inconfidência Mineira...
E agora o erro mais grave da historiadora Guiomar de Grammont. Erro primário e fatal, repito, e que destrói completamente esta afirmativa: o Aleijadinho nunca existiu. Prezada e desconfiadíssima senhora Guiomar, meu Deus do Céu, como a senhora pôde cometer este erro tão grande, tão impressionante? Se foram vários os artistas que executaram as obras atribuídas a Antônio Francisco Lisboa, como se explica que ao longo de mais de quarenta anos os recibos assinados pelo Aleijadinho apresentam sempre a mesma grafia? A assinatura dele era bem característica. O livro primeiro de Receita e Despesa da Ordem de São Francisco de Assis de Ouro Preto é a prova disso. A conclusão é lógica, se fossem vários os Antônio Francisco Lisboa, as assinaturas seriam diferentes. Basta examinar os recibos descobertos pelos pesquisadores do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A afirmativa da desconfiadíssima senhora Guiomar, portanto, desmorona, fica reduzida a pó. Ela se esqueceu desse pormenor, que é fundamental, mas logrou convencer, com a sua tese maluca, até um jornalista calejado como o Zuenir Ventura, de O Globo...
Aconselho a desconfiadíssima senhora Guiomar de Grammont a memorizar esta frase do filósofo Francis Bacon (1561-1626), inserida no capítulo 31 de seus Essays:
“Nada induz o homem a desconfiar muito, como saber pouco.”
(“There is nothing makes a man suspect much more than to know little”)